Depois de vencer a Argélia (26-19), esta segunda-feira, a selecção dos “Heróis do Mar” – ou “Navegadores”, como é referido pela organização como o “nick name” – acabou a primeira fase de forma invencível, somando seis pontos, partindo para a Main Round com 4 pontos de vantagem, o que é excelente.
FPA
Isto porque, nesta nova ronda, se juntam os três primeiros do grupo F (Portugal, Islândia e Argélia) aos três primeiros do Grupo E, que são, nada mais, nada menos, que a França, Noruega e Suíça, em que cada jogo será uma final, para as quais os “Navegadores” basta “apenas” igualar o feito desta fase inicial.
O que não vai ser, com naturalidade, um “bombom” dos mais doces!
A primeira jornada (20 de Janeiro) colocou Portugal a jogar com a Noruega, a França frente à Argélia e a Suíça a defrontar a Islândia.
Esta Main Round comporta três grupos de seis equipas e apura os dois primeiros para os quartos-de-final, que terão lugar no dia 27 deste mês.
Em caso de empate (1º/2º) ou 2º/3º ou 4º, a primeira forma desempate será pelos pontos; a segunda entre o número de pontos entre os empatados; a terceira pela diferença de golos entre os empatados; a quarta pelo número de golos obtidos por cada um dos empatados; a última, pela diferença de golos.
Muitas contas se poderão fazer até 24 de Janeiro, dia para os últimos jogos desta Main Round.
Quanto ao último jogo desta fase inicial, Portugal cumpriu com distinção (três vitórias em outros tantos jogos): bateu (25-23) a Islândia, Marrocos (33-20) e a Argélia (29-16).
A Argélia entrou melhor, com um parcial inicial de 0-2 mas, rapidamente, Alfredo Quintana – de regresso à titularidade – concretizou a primeira intervenção do encontro, ajudando Portugal a chegar ao empate a dois golos.
A selecção nacional mostrou mais concentração e chegou, pela primeira vez, à dianteira do encontro e, depois, alcançar dois golos à maior (5-3), aos 10 minutos. Perto da metade da primeira parte, Alexandre Cavalcanti apontou o 6-4, neste que foi o jogo de estreia para o lateral de 24 anos, após ter falhado os dois primeiros jogos na competição devido a lesão.
A dez minutos do final da primeira parte, registava-se 9-7 e, na recta final do primeiro tempo, Portugal chegou aos cinco golos de vantagem num período positivo para os Heróis do Mar, com Pedro Portela em destaque, com 100% de eficácia em quatro remates. Ao intervalo, o resultado sorria a Portugal, com 14-9 no placard.
No reatar da partida predominaram as falhas técnicas, em ambos os lados, mas Portugal conseguiu sempre encontrar os caminhos para o golo e impedir as investidas argelinas, somando seis golos de vantagem aos 40 minutos (20-14). Nos cinco minutos seguintes, a formação africana revelou mais inspiração e reduziu para três a diferença (20-17), aproveitando uma fase mais cinzenta de Portugal, concretamente no capítulo da finalização.
Sem realizar uma segunda parte de luxo, Portugal conseguiu segurar a vantagem e contou com duas intervenções de Humberto Gomes, que entrou para os últimos 12 minutos, para se distanciar do adversário, que ficou mais de 10 minutos sem marcar. A terceira vitória consecutiva no Mundial 2021 ficou fechada em 26-19.
O prémio de MVP da partida foi atribuído ao argelino Messaoud Berkous, que foi também o melhor marcador com sete golos apontados.
Do lado português, o maior destaque pertenceu ao pivô Alexis Borges e o atleta com mais golos de Portugal foi Pedro Portela, com quatro. Neste encontro, Gustavo Capdeville, Daymaro Salina, Diogo Silva e Luís Frade ficaram de fora das opções de Paulo Pereira, o último dos quais devido a lesão. Em sentido inverso, o lateral Alexandre Cavalcanti entrou na convocatória pela primeira vez e estreou-se a titular na competição, tendo apontado três golos.
Para o seleccionador Paulo Pereira “era um jogo extremamente importante porque este encontro valia dois pontos para a próxima fase. Estamos muito satisfeitos, conseguimos rodar todos os atletas e só a partir de agora é que vamos pensar na Noruega.”
Portugal somou seis pontos, contra 4 da Islândia e 2 da Argélia que, reformulados para a Main Round, resulta em 4 pontos positivos para a selecção lusa, contra apenas 2 da Islândia.
No âmbito dos países lusófonos, de salientar o facto de Cabo Verde (grupo A) ter sido obrigado a desistir, face aos problemas causados pelo Covid-19, o que não deixa de se lastimar.
Brasil (grupo B) e Angola (grupo C) decidirão o futuro nos jogos desta terça-feira, respectivamente frente à Polónia e ao Japão.
