Depois de tanto labutar, ainda que com pouco nexo na procura do caminho para a baliza dos madeirenses, o Sporting foi eliminado da Taça de Portugal Placard, no que é o segundo “desaire” da presente época futebolística.
O autor da proeza foi o Marítimo, que vendeu (2-0) um Sporting mais ou menos “atarantado” com o sistema aplicado pelos maritimistas, que souberam sempre cortar a linha de encaminhamento para a sua baliza, pelo que não sofreu qualquer golo e marcou dois nos momentos cruciais do jogo, aproveitando uma certa “desorientação” da formação sportinguista.
Com mais força, mais técnica e com ataques e contra-ataques mais rápidos, os leões perderam a oportunidade de poderem construir um resultado que podia ter sido histórico, cuja “saga” começou (7’) com Tiago Tomás, a passe de Matheus Nunes, a atirar à barra, quando se encontrava só frente ao guardião, no que foi recorrente mas em que a bola não conseguiu entrar.
À arrancada a toda a velocidade para o ataque ou contra-ataque, nenhum dos habituais “pivôs” conseguiram acertar com a táctica e a “fuga” aos defesas madeirenses, que resolveram todas as “arremetidas” dos leões.
E à medida que o tempo foi passando o “sistema nervoso” começou a vir ao de cima e as dificuldades de chegar à baliza contrária aumentaram, porquanto ninguém conseguia controlar o desenvolvimento táctico que era o mais correcto.
Na defesa, a ausência inicial de Coates acabou também por ter grande influência no decorrer do jogo, porquanto podia fazer “saltar” outro jogador para o meio campo e ajudar a linha avançada, o que tentou “disfarçar” depois de estar a perder, não tendo ido a tempo para “concertar” o que nem chegou a acertar.
Rodrigo Pinho – que está a caminho do Benfica – foi o primeiro a marcar (68’), depois de Ratik recuperar a bola, lançando Bambock, que foi mais rápido do que Feddal e endossou o esférico para o novo reforço do Benfica fazer o 1-0, independentemente de o Marítimo merecer ou não. A realidade é que teve uma grande oportunidade para isso e não a desperdiçou.
A perder, os leões ficaram ainda mais “abalados”, tentaram modificar o sistema fazendo quatro substituiçõe3s de uma assentada, mas a “cabeça” já não funcionava.
Daí o 2-0 para o Marítimo (79’), com Léo Andrade, depois de Rodrigo Pinho (outra vez) ter desviado a bola de cabeça para o centro da área, onde surgiu Leo a marcar sem oposição e com Maximiano a não poder fazer nada.
Uma eliminação que não vem em boa altura para o Sporting – sendo a segunda depois do Sporting também ter sido afastado da Liga Europa – face aos próximos desafios na Liga NOS que, visto por outro prisma, poderá ser positivo porque descansará mais.
Mas o terceiro objectivo será a Taça da Liga, na próxima semana, aumentando as dúvidas no interior da estrutura do futebol do Sporting.
Saliente-se, no entanto, a força de vontade demonstrada pelo Marítimo, que foi fazer o seu trabalho de “sapa” até dar resultado. E quem mete dois golos, por certo mereceu seguir em frente.
Nesta terça-feira, jogam-se mais quatro jogos dos oitavos-de-final, começando pelo Rio Ave-Estoril (14h) e seguindo-se o Moreirense-Santa Clara (17h), o Nacional-F. C. do Porto (18h) e o Estrela da Amadora-Benfica (21h15), este na TVI.