A Selecção Nacional sofreu a primeira derrota no Grupo 4, na Islândia, e atrasou a confirmação da presença na competição europeia do próximo ano.
Portugal entrou a perder mas rapidamente conseguiu reverter o resultado, com Alfredo Quintana em destaque nos primeiros minutos da partida, que decorreu na cidade islandesa de Hafnarfjordur.
Num jogo em que Paulo Pereira aproveitou para fazer algumas alterações, face ao último jogo, a equipa nacional continuou a mostrar superioridade e era notório o índice de confiança no jogo português, levando o seleccionador contrário a pedir time-out aos 12 minutos, depois de sofrer um parcial de 0-3 (3-6). Aos 24 minutos, o resultado assinalava 6-11, na primeira vantagem de cinco golos do encontro, justificado pela eficácia em todos os capítulos do jogo português, desde logo as combinações com o pivô e as sucessivas intervenções do guarda-redes Alfredo Quintana. No entanto, nos últimos minutos uma série de erros ofensivos de Portugal, permitiram que a Islândia concretizasse um parcial de 5-0, recuperando da desvantagem de 7-12 e chegando ao empate a 12 golos, quando faltavam apenas um minuto para o intervalo. No pior período do encontro para a equipa nacional, em termos desportivos e anímicos, Daymaro Salina apontou o último golo da primeira parte (13-12) fazendo com que Portugal saísse para o descanso a vencer, apesar de não ser pela vantagem que outrora havia conquistado.
No reatar da partida, Portugal falhou três ataques consecutivos e permitiu aos islandeses chegar, primeiro, ao empate e, depois, à liderança do marcador, com dois golos à maior (15-13), em pouco mais de três minutos. Os índices de eficácia de Portugal caíram a pique até à metade do segundo tempo, altura em que a Islândia apontou o 11º golo nos segundos 30 minutos, e em que Portugal tinha marcado apenas quatro golos. Um dos principais responsáveis pela superioridade nórdica no segundo período do jogo foi o guarda-redes Ágúst Elí Björgvinsson, que protagonizou defesas sucessivas, reforçando a quebra motivacional dos portugueses, que a dez minutos do apito final perdia por 25-18.
Aos 55 minutos, a Islândia tinha já 10 golos de vantagem e acabou mesmo por fechar as contas em 32-23, somando a segunda vitória na prova, com menos um jogo do que Portugal, que permanece no topo do Grupo 4, com seis pontos, contra os 4 dos islandeses, enquanto Israel e Lituânia tem zero pontos.
Para Paulo Pereira, seleccionador nacional “fomos seduzidos pelo jogo que fizermos lá, quer porque pensámos que chegávamos aqui e conseguíamos uma vitória por qualquer margem, agravado pelo início excepcional que tivemos no encontro. Temos que começar a gerir as emoções da melhor forma mas continuo a acreditar nesta equipa e temos que continuar a trabalhar”.
Rui Silva, capitão da equipa, assumiu os erros de Portugal no encontro, afirmando que “os primeiros 20 minutos demonstram aquilo que é Portugal e depois acho que acabámos por cometer muitos erros, que não são habituais. Agora queremos levantar a cabeça porque temos um jogo no Mundial, contra a Islândia e isso é o que mais interessa”.