Eduardo Augusto Cunha, nascido em 1926 (94 anos) e que foi um dos mais carismáticos técnicos do atletismo nacional, faleceu neste domingo, após uma longa vida ao serviço da modalidade em Portugal.
Professor de Eduação Física, licenciado pelo então INEF-Instituto Nacional de Educação (hoje em dia Facudade de Motricidade Humana), Eduardo Cunha entrou como atleta para o Sporting Clube de Portugal em 1947 onde chegou a conquistar vários títutos no sector dos lançamentos, tendo ain da sido campeão nacional do Decatlo em 1950, para além de ter representado Portugal além fronteiras.
Depois de concluir a carreira como atleta, seguiu pela via técnica e foi uma figura incontornável em clubes como o C. F. Belenenses, Benfica, Sporting e CDUL, onde foi o orientador do então jovem aspirante a campeão, nas barreiras, Aníbal Cavaco Silva, que desempenhou as funções de Primeiro Ministro e Presidente da República.
Foi ainda técnico de atletismo no âmbito da FNAT/INATEL.
Foi ainda director do Estádio Universitário – local onde assentou “arraiais” durante vários anos – e Técnico Nacional da Federação Portuguesa de Atletismo, com uma brilhante folha de serviços na modalidade que abraçou deste jovem, tendo treinado o seu filho Carlos Cunha, que foi internacional e recordista de Portugal no dardo, para além de ter influenciado várias gerações de atletas e de treinadores da modalidade.
Em 2010, Eduardo Cunha foi alvo de uma homenagem, por parte da Secção de Atletismo do Belenenses, sendo uma das últimas aparições públicas feitas na Pista Municipal Moniz Pereira (Alta de Lisboa) com o antigo atleta Luís Herédio e actuyal treinador, ainda que continuasse “sedeado” no Estádio Universitário e sempre disponível para ensinar os atletas que se lhe dirigiam.
Amigo dos amigos, foi um dos meus treinadores nos anos sessenta/setenta, recordando-o como um homem afável, amigo, técnico de categoria, mas também frontal, o que o levou a ter que enfretar diversos outros desafios.
Paz à sua alma e sentidas condolências à família enlutada.