Sexta-feira 24 de Novembro de 5854

Sara Moreira designada campeeã nacional dos 10.000 metros

Tendo ganho na pista (na cidade da Maia) com uma vantagem de cerca de 16 segundos, Salomé Rocha foi posteriormente desclassificada da competição face a ter utilizado ténis de corrida não conformes com os regulamentos da World Athletics (ex-IAAF).

Arq. / DR

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De acordo com o comunicado emitido pela Federação Portuguesa de Atletismo, consultada a regulamentação internacional quanto aos modelos de ténis utilizados pelos atletas nas várias especialidades do atletismo, verificou-se que o modelo utilizado pela atleta tinha uma palmilha de espessura superior à permitida para este tipo de corridas em pista (acima dos 800 metros), o que levou à sua desclassificação.

Uma decisão que não é única, porquanto outras – em épocas diferentes – também foram tomadas com base no mesmo artigo que respeita ao não cumprimento das especificidades dos sapatos utilizados.

Ao longo dos anos, foram surgindo situações anómalas, a primeira das quais com a altura da calcanheira utilizada pelos atletas dos saltos, como forma de protecção, mas em que a espessura também estava acima da regulamentada, situações que se verificaram nos anos 90.

Mais tarde, foi a fabricação de modelos de sapatos (com bicos) para o comprimento e o triplo, em que a biqueira não estava em linha com a planta do pé, considerando que estava mais elevada, o que favorecia o ataque à tábua de chamada, cujo limite é “bloqueado” por uma camada de plasticina com alguns milímetros de altura, evitando, dessa forma, que com a biqueira mais elevada fosse difícil deixar marca na referida “pasta”, pelo que o salto seria validado.

A mais recente e conhecida é o tipo de sapatos que os maratonistas estavam a utilizar para minorar as dificuldades de locomoção, tornando os sapatos mais leves ou com “bolhas” de ar localizadas em vários locais dos sapatos, para melhor “amortecer” o impacto no chão.

A mais recente, quiçá, é a que se refere ao modelo que Salomé Rocha utilizou, em que a palmilha mais espessa também possa tornar a corrida “mais fácil” porque a elasticidade da palmilha provoca um melhor andamento.

A atleta e o respectivo técnico justificaram-se perante a Federação, que registou o “acidente” e apenas desclassificou a atleta.

Recorde-se, no entanto, que a atleta tem míninos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a realizar no ano que vem!

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