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José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, foi esta quinta-feira distinguido com o Prémio Panathlon 2020, atribuído por unanimidade pelo Conselho Directivo do Panathlon Clube de Lisboa.
Na cerimónia de entrega do galardão, na sede do organismo a que preside, Mário Almeida, presidente do Panathlon Clube de Lisboa, justificou a escolha afirmando que “revendo todo o conjunto de personalidades que têm marcado posição em torno dos valores desportivos, foi inequívoco e unânime que este prémio seria atribuído ao Prof. José Manuel Constantino, que tem uma característica de vida singular – já esteve em todos os campos do desporto, deste o lado da tutela, como presidente do Instituto do Desporto, à formação da Fundação do Desporto, à Confederação do Desporto, enfim toda uma panóplia que lhe confere uma experiência formidável para estar na chefia do Comité Olímpico de Portugal. É uma grande honra para nós concedermos-lhe este prémio.”
José Manuel Constantino agradeceu a distinção, tendo considerado ter “um sentido especial”, num “ano muito difícil” em termos dos desafios que foram colocados ao mundo, acrescentando que “são desafios para os quais, de facto, não estávamos preparados. Temos procurado encontrar as melhores respostas, por um lado, na salvaguarda da segurança das pessoas e, por outro, na sustentabilidade daquilo que é a nossa responsabilidade directiva. Tem sido uma situação efectivamente muito difícil, a que se juntou um problema pessoal que não ajudou nas forças que são necessárias para enfrentar esta situação. Nesta circunstância, a atribuição deste prémio, para além do significado e do valor que tem, é também um bálsamo. Há momentos em que as nossas vidas precisam de sinais de que o nosso trabalho é reconhecido, é valorizado e é distinguido.”
O Prémio Panathlon destina-se a galardoar individualidades portuguesas que pelo seu valor, comportamento, “Fair-Play”, carreira dedicada à causa desportiva, ou outros atributos julgados relevantes, tenham contribuído de forma elevada para a dignificação do desporto português.
O ciclista David Silva Livramento foi galardoado com o Prémio “Fair Play” Mário Simas, tendo como base da distinção o facto de ter “no dia 28 de Setembro de 2020, segundo dia da 81ª Volta a Portugal em Bicicleta, socorrido um outro ciclista, que caiu (queda colectiva) a 15 kms da meta, preferindo ajudar Emanuel Duarte do que seguir em frente até ao final da etapa e procurar um melhor lugar, acto elogiado por colegas, dirigentes e comunicação social”.
Este ano e pela primeira vez, o Panathlon criou e atribuiu outro prémio, destinado a organizações da área das Instituições Particulares de Solidariedade Social, tendo a escolha recaído na Associação Academia do Johnson Semedo, cujo patrono é o General Rodolfo Begonha, um dos fundadores do Panathlon Clube de Lisboa, primeiro presidente e, actualmente, Presidente Honorário.
A Associação Academia do Johnson é o resultado da perseverança e dos ensinamentos que a vida deu a João Semedo, mais conhecido por Johnson, nascido na Cova da Moura, e que teve um percurso de vida muito duro e adverso, com alguns comportamentos desviantes que o levaram inclusivamente a ficar recluso em estabelecimentos prisionais.
Após ter mudado a sua vida há mais de dez anos, o Johnson tem-se focado em aplicar a sua experiência pessoal de forma a prevenir situações de risco para outros jovens em situações precárias.
Em 2014 surgiu a oportunidade de abrir a sua própria Associação, de forma a focar-se nos jovens dos mais variados bairros na zona da Amadora, Cova da Moura, Buraca e Boavista.
A Academia do Johnson é uma organização não-governamental, localizada no Bairro do Zambujal, que tem como objectivo a promoção do desenvolvimento humano e bem-estar, através do acompanhamento personalizado a crianças e jovens oriundos de meios familiares e sociais fragilizados, bem como às suas famílias veiculando valores humanistas, assentes nos princípios da justiça, equidade, liberdade, solidariedade e auto realização.
