A Comissão Executiva do Comité Olímpico Internacional (COI), de acordo com a informação veiculada elo Comité Olímpico de Portugal, decidiu aumentar o orçamento da Solidariedade Olímpica para o período de 2021 a 2024 em 16 %, num total de 590 milhões de dólares.
Com esta decisão, o COI pretende fortalecer o seu apoio a atletas, Comités Olímpicos Nacionais (CON) e Associações Continentais de CON.
A propósito desta decisão, Thomas Bach, presidente do COI, referiu que “uma lição importante que espero que tenhamos aprendido com a actual crise do Coronavírus é que precisamos de mais solidariedade. Precisamos de mais solidariedade dentro das sociedades, mas também entre as sociedades. A solidariedade é um dos principais valores olímpicos que a comunidade olímpica promove activamente. A decisão de aumentar o orçamento do nosso programa de Solidariedade Olímpica do próximo ciclo de quatro anos é uma demonstração muito forte em tempos de crise mundial”.
Salientou ainda Bach que “o aumento no financiamento de programas de apoio directo ao atleta, em 25 por cento, é ainda maior do que o aumento geral. Além disso, os atletas, como membros das equipas olímpicas, beneficiarão com o aumento de 25% para os CON. O COI continua a ajudar todos os CON, especialmente aqueles com maiores necessidades e a Equipa Olímpica de Refugiados do COI, com uma ampla gama de programas que priorizam o desenvolvimento dos atletas, o treino e a educação.”
Durante a reunião foi também assinalado que a descentralização de uma parte dos fundos para as Associações Continentais deve ser reforçada para desenvolver programas sustentados que respondam às especificidades continentais. Para esse fim, o orçamento alocado a cada CON para as suas actividades nacionais foi aumentado para o equivalente a 500 000 dólares por Olimpíada, e os orçamentos de programas específicos de cada continente foram aumentados em 24 por cento.
As prioridades da Solidariedade Olímpica para 2021-2024 são as seguintes:
– Habilitar os CON a manter os atletas no centro do Movimento Olímpico através de um maior apoio ao seu desenvolvimento em todos os níveis, facilitando o envolvimento em fóruns e acções de intercâmbio, fortalecendo as oportunidades no desempenho de funções de apoio eficazes e garantindo que as disposições da Declaração de Direitos e Responsabilidades dos Atletas pode ser implementada pelos COM;
– Garantir boa governança, controlo financeiro e conformidade, fortalecendo os programas de capacitação para os CON;
– Fortalecer o modelo de financiamento solidário do Movimento Olímpico, priorizando a missão principal da Solidariedade Olímpica de se focar nos CON com as maiores necessidades e garantindo a distribuição eficaz de todos os fluxos de financiamento;
– Alinhar-se com a estratégia do COI para o mundo pós-coronavírus tendo em vista o aperfeiçoamento de programas dedicados de Solidariedade Olímpica para facilitar a participação dos CON em futuros Jogos Olímpicos e Jogos Olímpicos da Juventude, e fornecendo educação online, defesa e oportunidades de treino para CON;
– Permitir que os CON contribuam para a promoção dos valores olímpicos, alinhando os programas de solidariedade olímpica com a estratégia do COI, apoiando atletas refugiados e facilitando a participação da Equipa Olímpica de Refugiados do COI nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020;
– Fornecer serviços individualizados aos CON por meio de apoio direccionado e directo a 206 organizações únicas, garantindo o financiamento mínimo disponível para cada CON e reforçando Programas Continentais descentralizados que respondem às especificidades continentais.
– E, finalmente, apresentar uma estrutura robusta de monitorização, avaliação e aprendizagem para todos os programas de solidariedade olímpica.