A pujança demonstrada na edição inicial (na época passada) da Liga das Nações não foi motivo de repetição na segunda edição, que esta terça-feira terminou com o afastamento da selecção portuguesa.
Ainda que tivesse lutado, ombro a ombro, com o campeão mundial (França) até ao final da fase de grupos, a verdade é que a equipa nacional se “perdeu” no encontro com os franceses e baqueou por um inexpressivo (do ponto de vista dos números) 1-0, depois de uma exibição sofrida, padecendo de alguns “males”, sem a “chama” que nos habitou há muito tempo, em que tem estado nas fases finais de todos os mundiais e europeus.
Foi com essa “azia” – de “catástrofe” e de “não dormir bem”, como salientou Fernando Santos ao jornal “Record” – que Portugal se apresentou frente à Croácia, numa partida que também importante para os croatas, que não queriam perder para não baixar de “divisão”. Mas apesar de não terem ganho a Portugal, a Croácia mantém-se no mesmo grupo (A), porquanto a Suécia foi derrotada pela França.
Frente aos croatas, Portugal voltou a não estar tão “certinho” como se poderia esperar, ainda que se apresentasse com alterações importantes no meio campo e na linha de avançados, pese embora sem efeitos práticos para o capitão Cristiano Ronaldo, que voltou a não atinar com o golo. Quebra física ou psicológica? Ou as duas?
A formação lusa venceu por um 3-2, vitória que só foi alcançada ao minuto 90’, com o central Rúben Dias a fazer as honras da casa, ao obter dois golos, o primeiro aos 60’ e o segundo em cima do final, num bis indispensável para o triunfo.
É verdade que Portugal dominou em toda a linha – 60/40% na posse de bola, 17-7 em remates, dos quais 8-3 para a baliza – pelo que justificou a vitória, melhor do que a exibição, que voltou a não estar ao mais alto nível, somando os três pontos.
Os croatas abriram o marcador (29’) com um golo de Kovacic, tendo Portugal passado para a frente (2-1), com golos de Rúben Dias (52’) e João Félix (60’), permitindo o empate (65’), de novo por Kovacic.
Nos 25 minutos finais, com algumas falhas de parte, o empate foi-se mantendo, até que Rúben Dias desempatou em cima do minuto noventa.
Uma saída triste – é a fórmula do desporto – ainda que com ética e desportivismo, pese embora o afastamento tivesse deixado “mossa” em termos de imagem e, em especial, financeiros.
Na outra partida do grupo, a França venceu (4-2) a Suécia, suecos que descerão ao grupo B (II Divisão), porquanto acabaram empatados com a Croácia mas esta sofreu menos um golo (-7) que os suecos (-8) e fixaram-se no terceiro lugar, no grupo 3.
A outra equipa também já apurada é a Espanha, que “cilindrou” a Alemanha por 6-0 (grupo 4), faltando saber quem serão os vencedores dos grupos 1 e 2 desta Liga A, cujos jogos se efectuam esta quarta-feira.
No grupo 1, há três candidatos, começando pela Itália, que lidera com 9 pontos, seguido da Holanda (8) e da Polónia (7), sendo que os italianos se deslocam à Bósnia, e a Polónia recebe a Holanda. Tudo depende da “contabilidade” que sair dos dois jogos.
No grupo 2, há apenas dois candidatos: Bélgica, que lidera com 12 pontos e a Dinamarca (10), que se defrontam esta quarta-feira.
A “final four” terá lugar em Setembro ou Outubro de 2021, ainda em local e hora a definir.
Entretanto, a selecção nacional de sub21, já apurada (na qualidade de um dos cinco melhores segundos classificados) para a fase final do europeu, completa esta quarta-feira a fase de grupos, recebendo a Holanda, equipa que comanda, com 24 pontos, com Portugal a querer vencer o jogo para igualar a pontuação, se bem que para ocupar a posição de líder terá de vencer os holandeses por 3 ou mais golos de diferença, porquanto perdeu (4-2) na primeira volta.