Quarta-feira 23 de Novembro de 3211

Comité Olímpico de Portugal enalteceu êxitos internacionais do ciclismo

O Comité Olímpico de Portugal enalteceu, esta terça-feira – de acordo com a informação veiculada no seu site – os ciclistas portugueses que conquistaram várias medalhas no europeu de pista e também os que na Volta a Itália tiveram uma actuação de elevado mérito desportivo, num acto que decorreu na sede do COP.

José Manuel Constantino, presidente, falou aos ciclistas presentes salientando o significado dos resultados alcançados, tendo afirmado que “os vossos triunfos têm um sabor especial para vós, mas muitas vezes não sei se imaginam o significado que têm para o País”.

COP-Ciclismo-17-11-2020Abordou o caso específico de João Almeida, dizendo que “não sei se tiveste consciência, mas entusiasmaste o País de norte a sul. Mesmo quando perdeste a camisola rosa, não arranjaste desculpas e não desististe de lutar. Foi um grande exemplo. Não basta ter talento, é preciso focarmo-nos na nossa capacidade de superação”.

José Manuel Constantino teve igualmente uma palavra para Ruben Guerreiro, salientando que “foste alguém que, para além de ter o seu próprio objectivo, também estava a torcer pelo João. Tiveste um feito extraordinário naquelas montanhas difíceis. Foste o melhor dos melhores.”

Daniela Campos ganhou três medalhas no Campeonato da Europa júnior de Ciclismo de pista, em Fiorenzuola d’Arda, Itália (ouro em eliminação, prata nos pontos e bronze em omnium).

João Almeida vestiu a camisola rosa de líder do Giro d’Itália durante 15 dias e foi 4.º classificado, a melhor classificação alguma vez alcançada por um ciclista português. Igualmente no Giro, Ruben Guerreiro conquistou o prémio da montanha.

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira – acompanhado do seleccionador nacional de estrada, José Poeira – considerou ter sido 2020 “o melhor ano de sempre” para a modalidade, em Portugal, com “a conquista de 16 medalhas em campeonatos da Europa e campeonatos do Mundo.” Mas “também os nossos ciclistas participantes no World Tour começaram a fazer grandes exibições”, numa alusão às performances de João Almeida e Ruben Guerreiro. “Foi um momento de grande felicidade.”

“Temos um novo Ciclismo, mais internacional, mais inteligente e mais diversificado”, considerou Delmino Pereira, que abordou depois a participação da modalidade nos Jogos Olímpicos, destacando a medalha de prata conquistada por Sérgio Paulinho em Atenas 2004: “Temos orgulho em contribuir para o olimpismo português. Quebrámos uma barreira em Londres, com a qualificação do BTT, e quebrámos nova barreira com o apuramento do Ciclismo de pista para Tóquio, com a Maria Martins.”

A finalizar, o líder da FPC elogiou a acção do COP, dizendo que “o Comité Olímpico de Portugal percebeu o novo Ciclismo e tem-nos apoiado. Estes jovens podem sonhar mais alto.”

A multiplicação dos bons resultados do Ciclismo de pista – entre os quais se contam os de Daniela Campos, presente no evento desta terça-feira – mereceu do presidente do COP uma apreciação focada na oportunidade da construção de uma infra-estrutura única em Portugal, na Anadia.

A esse propósito, referiu que “há 11 anos não tínhamos pista, que se deve a este senhor” – apontando para Artur Lopes, antigo presidente da FPC e actual vice-presidente da Comissão Executiva do COP – “e ao presidente da Câmara da altura.” Desde então, “temos 40 pódios, graças ao trabalho da Federação, de um seleccionador que passa despercebido (Gabriel Mendes) e ao talento dos nossos ciclistas. Isto é um caso de estudo, em tão pouco tempo ter estes resultados.”

Os ciclistas sublinharam ter “muito orgulho” em estarem presentes no COP e reafirmaram o objectivo de virem a participar nos Jogos Olímpicos. “São o objectivo de qualquer atleta. Acontecem de quatro em quatro anos, por isso, quanto mais rápido lá chegar, melhor”, disse João Almeida.

Desta onda de grandes resultados do Ciclismo português fazem também parte Maria Martins, recente medalha de bronze na prova de eliminação do Campeonato da Europa de Ciclismo de pista, em Plovdiv, Bulgária, onde também Iuri Leitão competiu e conquistou três medalhas – ouro no scratch, prata na eliminação e bronze no omnium -, tal como os gémeos Ivo e Rui Oliveira (o primeiro campeão europeu de perseguição individual e medalha de prata em Madison, numa parceria com o irmão). Em BTT, Tiago Ferreira ganhou a medalha de prata no Mundial de maratona, em Sakarya, Turquia.

 

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