Num jogo incaracterístico para a categoria de uma equipa como a do Benfica, sem dúvida que a pesada derrota (3-0) sofrida frente ao Boavista, esta segunda-feira, no Bessa, pode causa “mossa” nas hostes benfiquistas.
No que foi a primeira derrota dos benfiquistas no campeonato – deixando ao Sporting o título de ser a única formação invicta, cujo significado é mais psicológico – as estatísticas são claras, ainda que a maior posse de bola pertencesse aos homens de Jorge Jesus (70/30%), porquanto o importante é que os benfiquistas foram dominados naquilo que tem maior valor, porquanto fizeram 15 remates contra 7 do Benfica, dos quais 7 (2) para a baliza de Odysseas, que não conseguiu tapar os muitos “buracos” que a defesa criou.
O Benfica até foi o primeiro a marcar (Pizzi) mas o golo não foi confirmado pelo VAR (118 milímetros), uma situação que se vê a olho nu mas que o árbitro assistente – habituado, como muitos outros, a deixar “andar” porque o VAR corrige – devia ter assinalado de imediato, caso estivesse no seu lugar (na linha do último jogador) ou estivesse concentrado no que estava a fazer.
Mas como a “arma” mais importante é rematar os boavisteiros atiraram 15 vezes, dos quais 7 para a baliza (daí os três golos e que podia ter sido mais um) contra os 7-2 do Benfica, que redundo em menos três pontos.
Daí que (18’), os da casa marcaram de forma efectiva, depois de Angel Gomes concluir uma grande penalidade com um remate forte e colocado, sem hipótese para Odysseas
À meia hora de jogo Vertonghen ainda desperdiçou uma boa oportunidade para marcar, quando recebeu a bola para cabecear na zona frontal da baliza, mas mandou à figura do guarda-redes.
Entretanto e na resposta, o Boavista chegou ao 2-0 (38’), depois de uma bela jogada engendrada pela direita do seu ataque, com um passe milimétrico para perto da linha da grande área, onde Angel Gomes deu, de bandeja, a Elis para marcar à vontade, depois de ter fintado o central benfiquista e quando Odysseas saiu da baliza.
No segundo tempo, o Boavista podia ter chegado ao 3-0, quando Elis (55’) rematou mas não acertou na baliza, terceiro golo que acabaria por surgir (76’) quando Hamache, em cima da linha da grande área, acertou em cheio no passe vindo da direita e rematou para a baliza, ante um enorme buraco na frente de Odysseas, que se viu só e desamparado.
Minutos depois o 4-0 esteve perto, mas Yusupha, depois de deixar três defesas encarnados para trás, e rematou por cima da trave.
Uma exibição em cheio do Boavista, que conseguiu a primeira vitória no campeonato, no que foi uma “festa” de Finados.
Na outra partida desta segunda-feira, o Sporting de Braga recebeu e venceu (1-0) o Famalicão, com um golo apontado por Bruno Viana (74’).
Os bracarenses dominaram em toda a linha, fizeram vinte remates, dos quais para a baliza, mas apenas conseguiram o mínimo para conquistar os três pontos e colocar o Braga na terceira posição da classificação.
O Sporting lidera (16 pontos), seguido do Benfica (15), Braga (12), F. C. Porto, Santa Clara e Guimarães (10), Rio Ave (9), Moreirense e Paços de Ferreira (8), Nacional e Marítimo (7), Famalicão, Boavista e Belenenses SAD (6), Gil Vicente e Tondela (5), Portimonense (4) e Farense (2).
Thiago Santana (Santa Clara) comanda os marcadores (6), à frente de Rodrigo Pinho (Marítimo), com 5, Seferovic, Waldscmhidt (ambos do Benfica), Rúben Lameiras (Famalicão), todos com 4.
A 7ª jornada inicia-se sexta-feira com o Belenenses SAD-Rio Ave (20h30), numa ronda em que o líder Sporting se desloca a Guimarães e o Benfica recebe o Sporting de Braga, nos jogos mais importantes da sessão.