Segunda-feira 25 de Novembro de 6909

Um VAR “ajudou” F. C. do Porto a perder frente ao Manchester City para a Liga dos Campeões

Um 3-1 com que o F. C. do Porto saiu do campo do Manchester City não terá sido o resultado mais curial para o que foi desenvolvido em campo por ambas as equipas, pese embora o City tenha dominado em todos os sectores, visto na forma global.

DR / UCL

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Por um lado, porque os portistas se podem queixar da actuação “infeliz” do VAR, no que se refere ao primeiro golo do City; por outro porque os homens de Sérgio Conceição não aproveitaram a supremacia do primeiro tempo e, ainda, pelas substituições feitas no segundo tempo, quando a equipa entrou em “debacle”.

Isto tudo considerando ainda que foram os portistas a chegar primeiro ao 1-0 (14’), numa jogada “facilitada” pela defesa dos britânicos mas depois de um “slalom” maravilhoso de ser ver e interpretado por Luis Diaz, em que recebeu a bola no lado esquerdo da defesa do Manchester, torneou o defesa esquerdo e entrou na grande área, voltou a fintar outro defesa e preparou a bola para o pé direito – sem ninguém pela frente – para rematar forte e colocado quase junto ao ângulo do poste mais longe.

Só que, na fase da resposta britânica, surgiu mais um contra-ataque e a bola cirandou pela defesa portista, até que Marchesin, na sua área de baliza, é pisado (como foi nítido) no pé pelo avançado Gudogan, seguindo a jogada e a bola a ir ao poste, que foi para o lado contrário onde o central Pepe teve um acto irreflectido e “encostou-se” a um adversário, com o árbitro (o lituano Andris Treimanis) a assinalar a grande penalidade.

Até aqui, tudo normal.

Restava o veredicto do VAR (constituído por dois holandeses) e aí saiu “borrada”.

Revendo apenas as imagens da hipotética grande penalidade cometida poe Pepe, o VAR não foi ao início da jogada, quando do pisão a Marchesin, o que seria livre e cartão amarelo para o atacante do Manchester, porquanto o acto cometido por Pepe foi posterior mas dentro e na sequência da mesma jogada.

Chamado a rematar, Aguero rematou forte, denunciado, com Marchesin a adividinhar o lado para onda ia a bola, tocou nela mas acabou por entrar ma baliza, fazendo o empate (20’).

Com o jogo em bom movimento, num e noutro lado do campo, o Porto demonstrou que podia ir mais além, mas Luiz Diaz perdeu oportunidades de rematar para fazer mais uma finta e, com isso, foi atrasando a hipótese de os portistas poderem avançar no marcador.

A maior oportunidade surgiu a dois minutos do final do primeiro tempo (que teve mais três minutos de compensação), quando Corona enviou a bola para Marega e este rematou para Rúben Dias desviar para o lado, com Walker a tirar a bola da área.

A confirmar o que foi referido, ainda que a maior posse de bola no primeiro tempo fosse do Manchester (65/35%), coube ao F. C. do Porto o maior número de remates (5-3, dos quais dois para a baliza contra apenas um dos ingleses).

No segundo tempo, o Manchester entrou à “bruta” para modificar o rumo no marcador, mas Marchesin (49’) evitou o que seria o segundo dos britânicos com uma excelente defesa, iniciando uma caminhada para ser o melhor da equipa.

Ao 55º minuto Sérgio Conceição trocou Manafá por Luis Diaz (ao que parece por lesão deste último), e o Manchester chega ao 2-1 (65’). Livre na zona frontal da baliza, fora da grande área, Gundogan levança a bola de forma a passa-la por cima da barreira e a bola foi directamente para o canto contrário onde se encontrava Marchesin que, por um lado, se colocou mais à esquerda e, por outro, ninguém da defesa saltou como o devia ter feito.

De seguida, Pep fez duas substituições para refrescar a equipa, no que deu o 3-1 (73’), por intermédio de Ferran Torres, que fugiu a todos os adversários e rematou pela certa, ante uma passividade da defesa portista. E os erros pagam-se caro.

Com doisd golos de vantagem e com a vitória no horizonte, o Manchester limitou-se a fazer mais três substituições, enquanto o F. C. do Porto também, mas notou-se que a vivacidade portista não era a mesma.

O Manchester ainda teve uma excelente oportunidade para marcar (82’) mas Marchesin voltou a estar em grande plano e defendeu para canto.

No vigésimo primeiro jogo com equipas britânicas, o F. C. do Porto nunca venceu; perdeu 18 jogos e empatou três. A “matança” do carneiro ficou adiada uma vez mais.

No outro encontro do grupo, o Olympiacos venceu (1-0) o Marselha, com um golo marcado por Mahgoub, aos 90+1’.

A ronda número dois realiza-se na próxima terça-feira (20 horas), com os encontros Manchester City-Marselha e F. C. Porto-Olympiacos.

 

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