Com um excelente contra-relógio – o sexto melhor de todos – João Almeida voltou a demonstrar que continua a pedalar para o pódio, se bem que a partir desta segunda-feira regresse a montanham e, com isso, um maior grau de dificuldades, até porque o cansaço começa a surgir.
Neste sábado, João Almeida acabou por ganhar vantagem a todos os concorrentes, como que fazendo o pleno, numa corrida em que modificou quase tudo na classificação geral, em especial no que respeita ao “top ten”, ainda assim com exclusão dos três primeiros, que parecem de pedra e cal.
Nesta 14ª etapa, entre Conegliano e Valdobbiadene (Prosecco Superiore Wine Stages), numa distância de 34,1 km, Filippo Ganna Ineos Grenadiers) acabou por comprovar que é o melhor contra-relogista em prova e venceu com 42.10 (média horária de 47,953 km/h), deixando o segundo, Rohan Dennis (da mesma equipa) a 26 segundos e o terceiro, Brandon McNulty (UAE Team Emirates) a 1.09.
João Almeida (Deceuninck – Quick-Step) chegou na sexta posição, a 1.31, enquanto Rúben Guerreiro (EF Pro Cycling) foi 44º, a 4.34.
No final da prova, o líder português referiu que “foi um dia bom porque fi um bom contra-relógio, tendo aumentado a vantagem com mais alguns segundos sobre os demais, pelo que não podía ser melhor. Espero continuar assim, porquanto me tinto bem”.
Na classificação geral, João Almeida (Deceuninck-Quick Step) soma um total de 54.28.09, seguido do holandês Wilco Kelderman, a 56 segundos e do espanhol Pello Bilbao (Barhain McLaren) a 2.11.
Nos lugares seguintes estão o norte-americano Brandon McNulty (Ineos Grenadiers) a 2.23; o italiano Vincenzo Nibali (TREK-Segafredo) a 2.30; o polaco Rafal Majka (Bora Hangsgrohe) a 2.33; o italiano Domenico Pozzovivo (NTT) a 2.33; o italiano F. Masnada (Deceuninck-Quitck Step) a 3.11; oaustríaco Patrick Konrad (Bora Hangsgrohe) a 3.17; e o australiano Jai Hindley (Sunweb), a 3.33.
Rúben Guerreiro subiu mais um lugar e está agora na 25ª posição, a 37m19s.
Almeida, para além da Rosa, mantém a camisola Branca (Juventude), com o francês Arnaud Démare a vestir a Roxa e Rúben Guerreiro a vestir de Azul, sinal de líder do prémio da Montanha. Nas equipas, a Ineos-Grenadiers mantêm-se no comando.
Este domingo, corre-se a 15ª etapa, entre Base Aerea Rivolto (Frecce Tricolori) e Piancavallo, numa distância de 185 km, no que será o retorno à montanha, com três contagens de 2ª e uma de primeira, esta precisamente na linha de chegada e a uma altitude de 1.290 metros.
Uma etapa que será “dura” que chegue, porquanto a primeira montanha surge aos 65,1 km (955 metros), a segunda a 105,2 km (a 1.060 metros), a terceira a 143,4 km (840 metros) e a quarta e última no alto da meta, com os referidos 1.290 metros para “acabar” com a festa.
Pode dizer-se que os pontos mais altos estão quase equitativamente divididos em sectores semi-distantes, o que pode “afectar” o andamento da “carruagem” para o “ciclo de ouro” (top five) com João Almeida e Rúben Guerreiro a terem que dar o melhor de si para se manterem nas posições elogiosas onde se encontram.