Aproveitando as cinco contagens de montanha que a etapa tinha, Rúben Guerreiro teve oportunidade para se manter como líder neste prémio, bem como chegar ao fim a par do que é, neste momento, o também primeiro classificado da geral, João Almeida, uma dupla que continua a fazer furor no Giro d’Itália’2020.
O triunfo na 12ª etapa foi alcançado pelo colombiano Jhonathan Narvaéz (Team Ineos Grenadiers), numa corrida bem solitária e que deu para completar os 204 km da ligação Cesenatico-Cesenatico com uma vantagem de pouco mais de um minuto do segundo, o ucraniano Mark Padun (Bahrain – McLaren), com o australiano Simon Clarke (EF Pro Cycling) a ficar no pódio mas a quase oito minutos do vencedor.
Narvaéz fechou com 5h31m24s, numa média de 36,934 km/h; Padun chegou a 1m08s e Clarke a longínquos 6m50s. Quarto lugar para o norte-americano Joseph Rosskopt (CCC Team), a 7m30s e quinto para o suíço Simon Pelland (Androni Giocattoli-Sidermec) a 7m43s.
Rúben Guerreiro (EF Pro Cycling) e João Almeida (Deceuninck-Quick Step) chegaram no 8º e 9º lugar, a 8m25s, tendo-se aguentado bem no meio do “vendaval” que se prolongou durante quase toda a etapa.
No final, João Almeida referiu que “foi uma etapa muito dura e estou feliz por ter conseguido manter a camisola Rosa. Uma vez mais, a minha equipa foi extraordinária, pelo que estou muito agradecido pela ajuda que os meus companheiros proporcionaram.”
Na classificação geral, João Almeida continua de Rosa, agora com o total de 49h21m46s, mantendo-se todos os cinco primeiros tal como ficaram de quarta-feira, isto é, mantendo a vantagem de 34 segundos sobre o holandês Wilco Kelderman (Team Sunweb) e de 43 s sobre o espanhol Pello Bilbao (Barhain McLaren). Domenico Pozzovivo (NTT Sunweb) está a 57s e o italiano Vincenzo Nibali (TREK – Segafredo) mantém-se a 1.01.
Rúben Guerreiro subiu cinco lugares (29º) e está a 34m10s.
Almeida, para além da Rosa, mantém a camisola Branca (Juventude), com o francês Arnaud Démare a vestir a Roxa e Rúben Guerreiro a vestir de Azul, sinal do prémio da Montanha.
Esta sexta-feira corre-se a 13ª etapa, entre Cervia e Monselice, com uma distância de 192 km, num percurso com duas contagens para a Montanha (4ª categoria), colocadas entre os kms 162,5 e 176,1, depois de mais de 150 km em estrada plana, o que pode proporcionar muitos esticões, mais a mais porque o Giro d’Itália está começou a dobrar para o fim da competição.
Os últimos 16 km também são planos, o que poderá originar uma chegada em pelotão, se ninguém estiver interessado em fazer “mossa” no pelotão, pese embora a luta para o top tem já deu indícios mais fortes a partir da etapa desta quinta-feira.
Instalada a polémica sobre ausência de testes à Covid-19
Segundo uma notícia divulgada pela Eurosport, a equipa norte-americana da Education First (por onde corre o português Rúben Guerreiro, líder da Montanha), fez saber que pediu o final do Giro d’Itália para o próximo dia de descanso, dado o ambiente que se vive face à ausência do controlo à Covid-19, que levou duas equipas (Mitchelton-Scott e Jumbo-Visma) a abandonar a competição, pelo que não sentem a devida segurança.
Assunto que, apesar da organização ter salientado que vai promover os testes, pode fazer correr muita tinta e, em última instância, levar ao abandono de mais equipas.