O basco Oier Lazkano (Caja Rural-Seguros RGA) ganhou, esta quarta-feira, a terceira etapa da Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa, na ligação de 171,9 km, entre Felgueiras e Viseu, teoricamente ao jeito dos velocistas.
Foi uma etapa espectacular, com permanentes ataques, sempre com resposta do pelotão até estarem cumpridos dois terços da viagem. Inicialmente, as movimentações visaram as classificações da regularidade e da montanha. Tiveram sucesso a Kelly-Simoldes-UDO, que deixou Luís Gomes com a Camisola Vermelha Cofidis, e a Rádio Popular-Boavista, que reforçou a posição como da Camisola Branca e Vermelha Fidelidade, símbolo de melhor trepador.
Passadas as subidas, com um pelotão já fragmentado pelas ofensivas e movimentações, Oier Lazkano, envolvido noutras escaramuças nesta etapa, atacou para mais de 40 quilómetros em solitário.
A organização nunca foi muita no pelotão, onde se sucediam as tentativas de fuga, impedindo uma perseguição metódica e elevando a vantagem do corredor da Caja Rural para mais de 3 minutos. Quando as equipas dos sprinters “acordaram” já era tarde e Oier Lazkano pôde celebrar a primeira vitória como profissional, ao cabo de 4h13m15s. O britânico Daniel McLay (Team Arkéa Samsic) encabeçou o pelotão, a 15 segundos, diante do venezuelano Leangel Linarez (Miranda-Mortágua).
No final, em declarações ao site da Federação Portuguesa de Ciclismo, salientou que“foi uma etapa muito dura desde o início, com fugas sempre a serem alcançadas. Estava num grupo em que não havia entendimento e fui sozinho. E cheguei até à meta”.
Oier Lazkano, jovem que ainda não completou 21 anos.
Na luta pela classificação geral, apesar de alguns fogachos, acabou por ser uma jornada de transição entre duas etapas decisivas.
Amaro Antunes mantém-se no topo da geral, com 13 segundos de vantagem sobre o principal adversário, Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel). O terceiro é Gustavo César Veloso (W52-FC Porto), a 1m13s.
O camisola amarela referiu que “conseguimos controlar a etapa na perfeição, chegando aqui com margem para ficarmos tranquilos. Estamos focados num só objectivo, que é a disputa da Volta a Portugal. A próxima etapa é decisiva e poderemos fazer a diferença, comigo ou com outro colega de equipa”.
Nas restantes classificações, o britânico Simon Carr (Nippo Delko Provence) segue com a Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem, apesar de um percalço num momento delicado (um furo a 5 km do fim). A W52-FC Porto encima a tabela colectiva.
Segue-se, nesta quarta-feira, a etapa em linha mais curta da Volta, 148 quilómetros entre a Guarda e o alto da Torre (Covilhã).
A meta coincide com um prémio de montanha de categoria especial, esperando-se temperaturas na ordem dos cinco graus à hora de chegada dos primeiros. Vai ser um desafio para campeões, que pode deixar a classificação ainda mais definida.