O seleccionador nacional Fernando Santos divulgou, esta quinta-feira, em cerimónia realizada na Cidade do Futebol, a lista dos jogadores de convocados para os jogos da selecção nacional A que terão lugar diante da Espanha (particular), França e Suécia (Liga das Nações).
Segundo a informação veiculada pela Federação Portuguesa de Futebol, Portugal começa este ciclo enfrentando a Espanha em jogo de preparação agendado para o dia 7 deste mês de Outubro, no Estádio José Alvalade.
De seguida, a equipa das Quinas cumpre dois jogos referentes à Liga das Nações, deslocando-se a França (11 de Outubro, no Stade de France) e recebendo a Suécia (14 de Outubro, novamente no Estádio José Alvalade).
As três partidas estão agendadas para as 19h45 (hora de Portugal Continental).
Recorde-se que a selecção nacional venceu os dois primeiros encontros da Liga das Nações frente à Croácia (4-1) e Suécia (1-0).
Os jogadores indicados por Fernando Santos foram os seguintes:
Guarda-redes - Anthony Lopes (Olympique Lyon), Rui Patrício (Wolverhampton) e Rui Silva (Granada CF);
Defesas - João Cancelo (Manchester City), Nélson Semedo (Wolverhampton), José Fonte (Lille), Pepe (FC Porto), Rúben Dias (Manchester City), Rúben Semedo (Olympiakos), Mário Rui (Nápoles) e Raphael Guerreiro (Borussia Dortmund);
Médios - Danilo Pereira (FC Porto), Rúben Neves (Wolverhampton), William Carvalho (Betis), Bruno Fernandes (Manchester United), Renato Sanches (Lille), João Moutinho (Wolverhampton) e Sérgio Oliveira (FC Porto);
Avançados - Daniel Podence (Wolverhampton) Rafa Silva (Benfica), Bernardo Silva (Manchester City FC), Diogo Jota (Liverpool FC), André Silva (Eintracht Frankfurt), Cristiano Ronaldo (Juventus), Trincão (Barcelona) e João Félix (Atlético Madrid).
Segundo Fernando Santos referiu ao site da FPP, “não vamos relativizar o jogo com a Espanha. Irá jogar a equipa que eu entender, tendo em conta, claro, que quatro dias depois há um jogo em França para a Liga das Nações. O jogo com Espanha não dá pontos, o jogo com a França já dá. Com a Espanha poderemos fazer seis substituições o que também permite fazer uma gestão dos jogadores. Mesmo assim, com a Espanha espero um excelente confronto com duas equipas que gostam de jogar e que têm muita qualidade”.
Quanto à escolha destes 26 jogadores, o técnico nacional salientou que “a convocatória é estável. Não é por haver três ou quatro saídas que é sinónimo que esses não regressem. Estou muito satisfeito com o comportamento daqueles que desta vez não vêm e tenho confiança absoluta neles. Entendi que nesta janela devia optar por outros jogadores, mantendo as características essenciais. Qualidade é o factor principal. Temos o plano de jogo, o nosso pensamento e em jogo depende muito do que o adversário deixa, mas é importante as características dos jogadores. Em 2016, Portugal tinha mais médios no meio-campo, agora está com jogadores nas alas. São características diferentes, que ditam as convocatórias.”
Sobre o tempo para treinos, Fernando Santos referiu que “nunca há tempo para treinar. Todos os seleccionadores falam disso porque é um dos défices das equipas nacionais. A maioria dos jogadores vem com muitos jogos já em cima porque vêm a seguir a competições europeias, campeonatos, etc, pelo que, normalmente, resta-nos um dia para trabalhar um pouco mais. Esse é o mérito dos treinadores AA e sub-21 que é conseguir em pouco tempo resolver questões importantes. França joga a três centrais, mas em regime normal poucas vezes temos defrontado equipas assim. A equipa tem de pensar em relação ao adversário. Se em ambiente normal estamos mais contra 4x4x2 ou 4x3x3, precisamos de tempo”.
A presença de espectadores, autorizada pea UEFA e pela Direcção Geral da Saúde, dentro dos condicionalismos existentes, por certo que é bom, mas Fernando Santos salientou que “desde início que me manifesto favoravelmente em relação a essa questão. O público é fundamental. A presença no estádio, por aquilo que traz ao jogo, o ambiente, o apoio. O futebol sem público é futebol na mesma e joga-se da mesma maneira e, com o hábito, as coisas correm e fluem de forma diferente. Há uns meses, percebia-se que os primeiros mostravam falta de habituação. Depois foram fluindo. Mas sem público é sempre diferente. Na minha opinião, respeitando sempre o que é mais importante para todos, que é a saúde pública, acho que o futebol deve ter público. Espero e desejo que esta oportunidade concedida à FPF nos jogos internacionais possa ter reflexo nos jogos do campeonato. É fundamental e parece-me claro que em estádios com 50 ou 60 mil, em que as pessoas cumpram as regras, é bom para o espectáculo, para os jogadores.”