O dinamarquês Soren Andersen venceu a 19ª etapa do Tour de France, esta sexta-feira, cumprindo os 166,5 km – entre Bourg-en-Bresse e Champagnole – no tempo de 3.36.33, depois de um sprint final com mais cinco companheiros que chegaram ao fim num restrito grupo, se bem que sem provocar alterações no top tem da classificação geral.
Com este triunfo, Andersen alcançou a sua segunda vitória de entre as três que a Sunweb conquistou até à antepenúltima etapa, considerando que apenas faltam mais duas para se chegar a Paris, no domingo.
Depois de uma certa calmaria ao longo da corrida, foi no troço final que a prova se decidiu, depois de um grupo com cerca de três dezenas de ciclistas fugiram na última oportunidade que conseguiram, numa iniciativa do próprio Andersen, tal como se verificou no final, onde o dinamarquês foi mais forte e não deu “chances” a ninguém.
Rebobinando a prova, a primeira “mexida” verificou-se cerca dos 5 km, quando Rémi Cavagna (Deceuninck-Quick Step) se colocou na frente do pelotão, isolando-se, o que levou também Dylan Van Baarle (Ineos Grenadiers), Guillaume Martin (Cofidis), Geoffrey Soupe (Total Direct Energie), Max Walscheid (NTT Pro Cycling) e Cyril Barthe (B&B Hotels-Vital Concept) a formar o primeiro grupo, que foi gerindo a vantagem durante cerca de uma hora, quando Cavagna ficou só e por sua conta a liderar a corrida.
Cheio de ânimo e força, Cavagna conseguiu andar cerca de 120 km isolado na frente, pelo que “passeou” por todo o lado e venceu as metas por onde passou.
O pelotão começou a andar mais depressa cerca dos 111 km, primeiro através de um pequeno grupo que se adiantou, composto por Luke Rowe (Ineos Grenadiers), Benoît Cosnefroy (Ag2r La Mondiale), Pierre Rolland (B&B Hotels-Vital Concept), que aceleraram para tentar apanhar Cavagna ao kilómetro 119, se bem que o pelotão ficasse compactado por volta dos 130 km.
A cerca de três dezenas de km do fim da etapa, Oliver Naesen (Ag2r La Mondiale) “saltou” para a frente, inspirando outros a segui-lo, como foram os casos de Luke Rowe (Ineos Grenadiers), Peter Sagan (Bora-Hansgrohe), Sam Bennett, Dries Devenyns (Deceuninck-Quick Step), Jasper Stuyven (Trek-Segafredo), Greg van Avermaet, Matteo Trentin (CCC Team), Jack Bauer, Luka Mezgec (Mitchelton-Scott), Nikias Arndt e Soren Kragh Andersen (Team Sunweb).
A 16 km do final, um grupo de doze elementos voltou à carga e isolou-se para a decisão final, com o dinamarquês a aproveitar a oportunidade para se chegar aos lugares da frente e sprintar para o triunfo, com 3.36.33, à frente de Luka Mezgec (Michelton-Scott), Jasper Stuyven (Trek-Segafredo), Greg Van Avermaet (CCC Team), Oliver Naesen (AG2R La Mondiale) e Nikias Arndt (Tean Sunweb), todos a 53 segundos do vencedor.
O pelotão principal, onde estavam presentes as figuras do top ten, chegou 7.38 depois, sem qualquer problema, realçando-se a presença do português Nelson Oliveira (35º lugar, na melhor classificação nesta competição), também a 7.38, numa etapa onde chegaram 146 ciclistas, tendo desistido mais um.
Com este excelente resultado, Nelson Oliveira subiu ao 57º lugar da geral, a 2.57.56 do líder, o esloveno Primoz Roglic (Team Jumbo-Visma), agora com o total de 83.29.41, à frente do seu compatriota Tadej Pogacar (Team Emirates), que se mantém a 57 segundos e com Miguel Angel Lopez (Astana Pro Team) no terceiro lugar do pódio mas a 1.27.
Nos lugares seguintes estão: 4. Richie Porte (Trek-Segafredo), a 3.06; 5. Mikel Landa (Barhain-McLaren), a 3.28; 6. Enric Mas (Movistar Team), a 4.19; 7. Adam Yates (Michelton-Scott), a 5.55; 8. Rigoberto Uran (EF Pro Cycling), a 6.05; 9. Tom Dumoulin (Team Jumbo-Visma) a 7.24; e 10º Alejandro Valverde (Movistar Team), a 12.12.
Sam Bennett (Deceuninck-Quick Step) comanda a classificação por pontos; Richard Carapaz (Ineos Grenadiers) lidera a montanha; Tadej Pogacar (Team Emirates) é o primeiro nos Jovens; e a Movistar Team lidera a classificação colectiva.
Neste sábado, na penúltima etapa, entre Lure e La Planche des Belles Filles, correr-se-á o contra-relógio individual, com uma distância de 36,2 km, de onde sairão as definições, quase globais, quanto à ao vencedor da prova e aos restantes ligares de honra, sabendo-se de antemão que este ano, na 107ª edição, o Tour de France terá um novo vencedor.