Este sábado, desde as 9 horas da manhã e até às 20 (com intervalo para um lanche), a Federação Portuguesa de Atletismo leva a efeito a edição de 2020 dos Campeonatos de Portugal.
É uma edição marcada – como se tem verificado em competições anteriores – pela necessidade da utilização de cinco pistas (Angra do Heroísmo, Braga, Lisboa, Ponta Delgada e Ribeira Brava), em horários similares.
Vão estar nos vários palcos as melhores figuras da actualidade do atletismo português, pressupondo-se uma boa mão cheia de bons resultados técnicos, com relevo para as provas do salto em comprimento e triplo e lançamentos (de uma forma geral), com base nalguns resultados alcançados nesta reduzida época de competição.
O Campeonato de Portugal teve a primeira edição em 1910, tendo como primeiro campeão – por curiosidade – nos 100 metros, o atleta Germano Vasconcelos (Benfica), com 12,4, enquanto em 2019 o campeão foi outro atleta do Benfica, Diogo Antunes, com 10,24.
Uma longa história de 109 anos que poderá ser vista, pelos mais interessados pela modalidade, no site da Federação, pelos seguintes links: (https://www.fpatletismo.pt/campeonatos-de-portugal-0) em www.fpatletismo.pt, dados estatísticos na área específica (https://www.fpatletismo.pt/historial-de-eventos-nacionais), bem como o acesso aos rankings anuais (https://www.fpatletismo.pt/rankings-2020-de-pista-coberta-e-ar-livre).
Entretanto, tomou posse a nova direcção da Associação dos Treinadores de Atletismo de Portugal, liderada por José Silva, que venceu as eleições de forma folgada, como demos nota.
A cerimónia, realizada no Centro de Alto Rendimento do Centro Nacional Desportivo do Jamor, em Oeiras, contou com a presença do presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira, dos presidentes do Comité Olímpico e do Comité Paralímpico de Portugal, vogal do Conselho Directivo do Instituto Português do Desporto e Juventude.
Fonseca Antunes, presidente da Assembleia Geral eleito, relembrou os dois pontos-chave do programa desta nova direcção: valorizar a carreira e o estatuto do treinador em Portugal; apostar na formação de treinadores.
Foi o presidente eleito, José Silva, que abordou a estratégia para levar estes desígnios a bom-porto, ao afirmar que “serão criados dois grupos de trabalho – um Conselho Consultivo e um Conselho Técnico-Científico, que irão ter a função de apoiar na concretização do nosso programa”.
O novo presidente da ATAP sublinhou ainda a heterogeneidade da equipa que dirige, “com elementos com elevado nível técnico-científico e com grande experiência, mas também provenientes de todo o país, incluindo das ilhas, e de todas as áreas do atletismo”.
É desta forma que José Silva disse esperar “revitalizar a ATAP e dar a importância que o treinador merece no atletismo, mas também na sociedade”. Foi, de resto, a multiplicidade de papéis do treinador, que muitas vezes é também educador, dirigente associativo, inventor, que marcou as intervenções seguintes, particularmente as do presidente do COP e do presidente da FPA. “Ser treinador é uma das actividades com mais relevância na sociedade, não só pelo seu papel ao nível da performance do atleta, mas no ultrapassar de barreiras da performance humana”, apontou Jorge Vieira.
O presidente da FPA aproveitou ainda para defender a ideia da criação de uma Escola Portuguesa de Treinadores, na qual cada Federação pudesse gerir a formação da sua modalidade, tendo adiantado que a ATAP irá ter um papel fundamental na colaboração com a Federação Portuguesa de Atletismo na área da Ética. “O treinador tem de ser um exemplo de ética”, rematou.