Pedro Pablo Pichardo venceu, esta quinta-feira, em competição efectuada no Estádio Universitário de Lisboa, a prova de triplo salto do Meeting de Zurique, com a marca de 17,40 (vento: +2,3 m/s), derrotando os norte-americanos Christian Taylor e Omar Craddock.
Um modelo novo de competição – face à pandemia que se vive em todo o mundo - com os participantes divididos por várias pistas, em vários pontos do globo. No caso desta prova, Taylor saltou na Flórida e Craddock na Califórnia, com os atletas a ter um intervalo de tempo próprio enquanto esperavam pela sua vez de saltar.
Pichardo iniciou a prova com um salto de 17,20, com vento de 2,8 m/s, que inviabiliza a homologação da marca, tal como no segundo salto melhorou para 17,40 (2,3), fazendo 17,1 no terceiro ensaio (vento regulamentar a 1,7 m/s). No quarto ensaio, uma hesitação levou-o a saltar apenas 15,57 m (+0,9), prescindiu do quinto ensaio e saltou 17,17 metros (+0,1) no sexto e último ensaio.
Recorde-se que o melhor registo pessoal de Pichardo é de 17,95, marca obtida em Doha, em 4 de Maio de 2018.
Omar Craddock, líder mundial em 2019, foi o primeiro a chegar aos 17 metros (17,04, vento +0,3), mas viu o campeão olímpico e mundial, Christian Taylor saltar 17,27 metros (+4,2 m/s) a assegurar a segunda posição.
Falando para o site da Federação Portuguesa de Atletismo, Pichardo mostrou-se satisfeito com a vitória e o resultado “apesar da ansiedade que sentimos ao ver o ecrã. Contudo, estar a saltar sozinho foi quase como estar a treinar. Tenho aqui a família, o meu treinador, é quase como fazemos um treino teste. Não tinha aquela motivação que vem das bancadas cheias, do barulho».
Adiantou ainda que “a prova correu-me muito bem. Pensava que saltaria menos, pois dias atrás senti uma dor nas costas que não me tem deixado estar confortável”, tendo acrescentado que “ainda não sei que competições vou ter pela frente, a não ser a final de clubes, que é muito importante para nós, Benfica”.