Auriol Dongmo, como se esperava face à morfologia da atleta específica para o sector de lançamentos – como aqui referimos – voltou a ser a grande figura do atletismo nacional, para o caso na “Guerra dos Sexos”.
A atleta do Sporting, que tinha chegado aos 18,82 na última competição, há dias, ultrapassou a barreira dos 19 metros, ao lançar o engenho a 19,27, no encontro que, esta quarta-feira, decorreu em Leiria, no Centro Nacional de Lançamentos, registo que é o melhor mundial do ano.
A sportinguista abriu o concurso com 18,42 mas, no segundo ensaio, melhorou para 18,90 metros, baixando depois os registos seguintes mas seguindo para a grande final, frente a outra sportinguista, Jessica Inchude, com a recordista a vencer mas com o recorde de Portugal a 19,27, enquanto a sua companheira ainda melhorou o seu registo deste ano para 16,77.
Francislaine Serra classificou-se a seguir, com 16,33.
Em declarações ao site da Federação Portuguesa de Atletismo, Auriol salientou que foi um “recorde, especialmente por ter conseguido melhorar duas vezes em competição. Foi muito bom. Eu trabalho diariamente para ser cada vez melhor e foi o que conseguimos fazer hoje”, acrescentando que “ter conseguido mais de 19 metros não é nada mais do que a minha vontade de trabalhar e melhorar”.
Com o global dos resultados obtidos nesta “Guerra dos Sexos”, o sexo feminino foi melhor, porquanto a oposição masculina teve em Tsanko Arnaudov (Benfica) o seu ponto alto, com a marca de 20,11 metros, conseguida no seu último ensaio (ainda fez 20,10).
Tsanko que revelou que “com este formato de competição dá muita vontade de competir e de melhorar e não podemos distrair-nos pois os adversários também estão a lutar pelo mesmo”, acrescentando ainda que “estou muito contente por estarmos de novo a competir e espero que algumas destas iniciativas venham para ficar pois é um modelo muito interessante. Espero conseguir a desforra para os homens”.
Francisco Belo, colega de equipa, que fez dois nulos, mas trazia como melhor marca da tarde um lançamento de 19,63 metros, seguindo-se Marco Fortes (Sporting), com 17,47s, e Daniel Santiago (J. Vidigalense), com 16,14.
No final, Jorge Vieira, presidente da FPA, mostrou-se satisfeito com “os modelos de desafios, que espero possam ficar como modelo de competição preparatória”, enaltecendo ainda “o excelente resultado de Auriol Dongmo, com um recorde de Portugal de grande valia”.