A Confederação de Treinadores de Portugal, em comunicado remetido à Comunicação Social, referiu que tem acompanhado com preocupação, desde o início da pandemia, o seu impacto na sociedade, no país e, acima de tudo no desporto.
A propósito, recordou que “temos estado sempre do lado das preocupações com a saúde de todos, bem como com as medidas de prevenção. No entanto, logo no início da pandemia, sugerimos que o Conselho Nacional do Desporto se reunisse (é o espaço onde desde sempre defendemos que os assuntos relacionados com o desporto devem ser debatidos, pois estão lá todos os representantes da área do desporto) ”.
Adiantou depois que “prevíamos que haveria um longo caminho a percorrer e que haveria um conjunto de decisões e documentos que havia necessidade de começar a preparar consoante os diversos cenários. Durante o mês de Abril recolhemos toda a informação possível junto dos treinadores em dificuldade pois a grande maioria, como muitas outras actividades na nossa sociedade, ficou sem possibilidade de exercer a sua actividade de treinador. Acresce ainda que grande parte dos clubes e colectividades desportivas deixou de ter financiamentos (mensalidades dos pais, patrocínios, subsídios, etc.) para conseguir sobreviver”.
Na sequência, deu conhecimento que “enviámos a nossa proposta e soluções para esta situação. Depois disso enviámos também propostas de como os espaços desportivos poderiam ser reabertos, com várias sugestões de medidas de segurança, a serem validadas pela Direcção Geral da Saúde”.
Mais adiante, salientou que “a Confederação de Treinadores percebe e compreende que a tutela e o Governo nunca tenham vivido uma situação destas (nós também não), mas começamos a ter dificuldades em aceitar a ausência do acesso a decisões e medidas em outras áreas da sociedade tão importantes como o Desporto e para o desporto quase nada é decidido”.
Tendo concluído que “os treinadores, bem como os atletas e clubes e restantes agentes desportivos, necessitam de planear e preparar o regresso, com maior ou menor dificuldade. Sabemos que vai ser gradual e com constrangimentos. Mas precisamos de decisões, demonstrando a disponibilidade, como sempre, para estarmos do lado da solução e não do problema“.
