Paulo Alfar / JDM
Para vencer o Aves, cada vez mais lanterna vermelha, o Sporting teve de aproveitar o “cansaço” que se apossou da equipa da Vila depois de estar a jogar cinquenta minutos apenas com nove jogadores, depois de duas expulsões verificadas até ao minuto vinte.
Falho de ideias (iniciativa, bola a rolar, passes em profundidade e pela certa e outras qualidades inerentes), o Sporting teve apenas uma maior força física para correr mais mas … pouco mais, porquanto nem por aí conseguiu marcar golos, que só aconteceram quando os visitantes já “bracejavam” com as asas em baixo, com as forças a fugir-lhe face ao desgaste de jogar com menos duas peças no xadrez, ainda que por culpa própria.
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Ruben Macedo (11’) entrou a “matar” à perna direita do jogador dos leões e o árbitro mostrou o cartão amarelo, tendo sido obrigado, minutos mais tarde, a atribuir o vermelho face ao alerta do VAR, o que confirmou, face à gravidade da falta cometida.
Luiz Fernando (12’) foi amarelado e (20’) reincidiu, pelo que também foi mandado para as cabinas com o respectivo vermelho.
Quanto a futebol e apesar de Sporar (2’) ter rematado para fora um passe recebido de Plata, o Sporting deixou-se ir no “ritmo” que os avenses queriam, que fecharam a grande área primeiro com os nove jogadores que ainda estavam em campo e, a partir dos 20’, com apenas oito, que foram conseguindo “atrapalhar” os jogadores dos leões, com um “lume” muito brando para o que seria indispensável, face à diferença de categoria dos jogadores de uma e de outra equipa e do “ego” que se tirou das palavras proferidas no acto de posse do novo técnico sportinguista.
Foram (16’), até, os avenses que tiveram a melhor oportunidade para marcar, quando a defesa do Sporting não se entendeu e Maximiano saiu da baliza para encurtar o ângulo de remate de algum dos jogadores do Aves, deixando o caminho livre para um possível golo, mas que Milos rematou devagar e permitiu a Mathieu recuperar e “abafar” o perigo.
Depois de Vietto ter cabeceado ao lado, o Sporting começou a ”enrolar-se” pelo meio campo, com passes mais compridos que os que deviam ser feitos, até Sporar voltou a dizer que estava a jogar quando rematou para a baliza mas a bola foi desviada para canto.
E neste “rola-rola”, acabou por ser Sporar a tentar chegar (44’) ao golo mas o remate levou a bola a sair por coma da barra.
Nos minutos (4’) complementares, foi Vietto que rematou estrondosamente, a passe de Mathieu, contra a barra e com a bola a regressar ao campo mas que ninguém aproveitou, terminando o primeiro tempo com tudo a zero (exibição e resultado, no que se refere ao Sporting).
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No segundo tempo, com os avenses a começarem a dar sinal de que o cansaço se instalava na equipa, o Sporting foi tentando chegar ao golo, criando perigo (55’) quando Battaglia centrou a bola para Plata, que cabeceou ao lado.
Mantendo a mesma cadência (lenta), o Sporting acabou por chegar (62’) ao golo de abertura, quando Acuña endossou a Wendel que, de imediato, centrou para a pequena área onde surgiu, de novo, Sporar – quem mais tinha porfiado para marcar – se elevar ao segundo andar e cabecear para o fundo da baliza.
Foi o sinal de que o Aves estava “acabado”, porquanto até o respectivo guardião ficou caído dentro da baliza, cansado e com cãibras, também numa de … fazer passar o tempo.
Mas cinco minutos depois o Aves caiu de vez.
Afonso Figueiredo, defesa avense, desviou, dentro da grande área, a bola com a mão e o árbitro assinalou a grande penalidade, que Vietto concluiu vitoriosamente, ao mandar a bola para um lado enquanto o guardião foi para outro. Estava feito o 2-0.
Daí para a frente, já com menos dos 26.272 espectadores assinalados (muitos começaram a sair após o segundo golo dos leões), as duas equipas como que “estabilizaram”, deixando correr a bola até chegar aos 45’, não tendo havido tempo complementar, como seria de esperar.
Sob a direcção do árbitro Manuel Oliveira (Porto), assistido por Tiago Leandro e Pedro Fernandes, as equipas alinharam:
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Sporting – Maximiano; Ilori, Coates e Mathieu (Geraldes, 46’); Ristovski (Jovane, 24’), Battaglia, Wendel e Acuña (Rosier, 78’); Plata, Sporar e Vietto.
Aves – Beunardeau; Milos, Diakhité, Buatu e Mangas; Estrela (Tshibola, 85’), Rúben Oliveira e Afonso (Yamga, 76’); Luiz Fernando, Wellinton (Banjaqui, 53’) e Rúben Macedo.
Vermelho (directo) para Rúben Macedo (11’) e amarelos para Luiz Fernando (12’ e 20’, seguido de vermelho).
