Sexta-feira 24 de Novembro de 6490

Benfica de revolta em revolta venceu Famalicão sempre na brecha

JCMyro / JDM

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Com uma primeira parte de brilho menor, o Benfica não teve nem arte nem manha – antes pelo contrário – para “baralhar” um Famalicão muito bem arrumadinho e que fechou, quase sempre, quaisquer “arremedos” dos benfiquistas, que cumpriram os primeiros 45 minutos muito apagados e sem chama.

Pelo contrário, os famalicenses – como o tem provado ao longo da Liga e da própria Taça de Portugal Placard, motivo pelo qual chegou às meias-finais e pode tentar ainda estar na final – “queimaram” todas as hipóteses de perigo (poucas) que surgiram por parte dos campeões nacionais em título, apesar de algumas situações criadas para o efeito.

Foi o Benfica, que precisava de ter avanço no marcador, a criar o primeiro lance de perigo (10’) quando Chiquinho se isolou frente à baliza de Vaná, mas o atacante encarnado rematou forte mas para cima da barra, surgindo Pizzi (13’) a rematar da direita para a esquerda mas com a bola a passar ao lado do poste mais longe.

Pouco depois (17’), os minhotos estiveram à beira de abrir o activo quando Pedro Gonçalves, com a baliza toda aberta, rematou ao lado, depois de uma jogada em profundidade, em que surgiu isolado perto do poste esquerdo da baliza de Odysseas.

O Benfica continuou a “mastigar” o jogo, tendo conseguido (28’) mais um lance de perigo mas Seferovic não foi lesto como se pretendia a perseguir a bola passada por Pizzi, que acabou por perder-se pela linha final.

Seferovic (31’) voltou a estar em foco ao cabecear por cima da barra, na sequência de um centro de André Almeida, ainda com o Famalicão a marcar uma pressão grande ainda que sem precisão na zona de confluência entre a grande e a pequena área, onde a defesa benfiquista acabou por conseguir “arrumar-se”.

Fábio Martins (41’) “roubou” a bola a meio campo, foi directo para a baliza, mas, na hora da verdade, rematou ao lado do poste mais distante.

No segundo tempo, o Benfica voltou “reforçado”, não só de espirito mas também com Ferro no lugar de Jardel, para dar mais força no ataque e ir às bolas que seriam enviadas para a sua cabeça, chegando Seferovic a isolar-se e rematar mas para a defesa famalicense resolver com facilidade.

Logo de seguida (48’), Fábio Martins isolou-se e rematou forte, de fora da área, mas a bola passou ao lado do poste, seguindo-se (51’)a jogada em que Seferovic (51’) conquistou uma grande penalidade por mão na bola de um defesa forasteiro, que Pizzi transformou no primeiro golo da partida (53’).

Começou aqui a fase mais “tensa” do jogo, porquanto o Famalicão, no seguimento de um “venenoso” contra-ataque, chegou ao empate (60’). Numa jogada primorosa de Pedro Gonçalves, que trocou a bola com Diogo Gonçalves e voltou a recebê-la para a anichar na baliza de um Odysseas quase incrédulo, depois de a defesa ter sido toda batida.

O Benfica podia (66’) ter-se adiantado no marcador, ao aproveitar a bola que fugiu a um jogador do Famalicão (que escorregou), tendo Seferovic desmarcado Cervi, que serviu Chiquinho e chutou para a baliza, tendo a bola sido desviada por Gustavo Assunção, que se antecipou a Pizzi.

Entretanto (73’) o Famalicão voltou à carga e Toni Martinez, noutro contra-ataque rápido e aproveitando a abertura dada pela defesa benfiquista, isolou-se e colocou os minhotos a vencer por 2-1.

Cinco minutos depois, pressionado a mudar o rumo dos acontecimentos, Vinícius teve oportunidade, dentro da grande área adversária, para rematar mas fê-lo para que Vaná defendesse ainda que para o lado, onde surgiu Rafa (que tinha entrado entretanto) a fazer a recarga vitoriosa e a empatar o jogo. O Famalicão teve outra “chance” para reverter o resultado quando (79’) Pedro Gonçalves rematou forte, a bola foi desviada pelo corpo de Ruben Dias e obrigou Odysseas a uma defesa do “outro mundo” para salvar a situação.

Nos cinco minutos dados pelo árbitro Hugo Miguel – que teve exibição com algumas falhas, em especial no capítulo disciplinar – o Benfica acabou por chegar ao triunfo (3-2), com um golo marcado, nos instantes finais, por Gabriel, de cabeça, ao primeiro poste, no seguimento de um pontapé de canto, com conta, peso e medida, da autoria de Grimaldo.

Um resultado que mantém as dúvidas para de hoje a oito dias, no jogo da segunda mão, em Famalicão.

Sob as ordens de Hugo Miguel, assistido por Bruno Jesus e Ricardo Santos, as equipas alinharam:

Benfica – Odysseas; André Almeida, Ruben Dias, Jardel (Ferro, 46’) e Grimaldo; Pizzi, Gabriel e Taarabt; Chiquinho (Vinícius, 67’), Seferovic e Cervi (Rafa, 67’).

Famalicão – Vaná; Ivo Pinto, Riccieli, Coly e Patrick; Gonçalo Assunção, Pedro Gonçalves (Roderick, 86’) e Racic; Diogo Gonçalves, Toni Martinez (Anderson, 77’) e Fábio Martins (Lameiras, 82’)

Na outra meia-final, o F. C. do Porto foi empatar (1-1) com o Académico de Viseu na terra de Viriato, com golos de Zé Luis (59’) e João Mário (70’), com os portistas a correr, na próxima quarta-feira, para se apurarem para a final da Taça de Portugal Placard’2020.

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