atrícia Mamona abriu, esta terça-feira, a época internacional com um segundo lugar no Meeting de Dusseldorf, prova que integra o circuito mundial “World Indoor Tour” da federação internacional
A atleta do Sporting saltou 14,09 metros ao quarto ensaio, o segundo ensaio válido (abriu com um nulo, saltou 13,84, fez nulo, saltou 14,09, e fez mais dois nulos – o último seria suficiente para vencer). Com esta marca, a portuguesa sobe ao quarto lugar no ranking de 2020.
A vencedora foi a alemã Neele Eckhardt, com 14,17 metros, melhor marca mundial do ano e recorde pessoal.
Entretanto, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) deu resposta às atletas que apresentaram um recurso para que a federação internacional de atletismo integrasse no programa dos Jogos de Tóquio’2020 a prova dos 50 km marcha, tendo referido que não se pode pronunciar sobre o assunto porque não tem jurisdição para o efeito, situação que prejudica, entre outras, a campeã e recordista (2017) Inês Henriques, que terá como alternativa – se o processo ficar por aqui – marchar apenas nos 20 km, para o que terá de estar entre as 60 melhores do mundo.
Pese embora seja uma prova que se iniciou em 2017, a verdade é que das sete atletas participantes em 2017 o número subiu para 23 o ano passado e, este ano, por ser de Jogos Olímpicos, deveria ter muito mais.
Ainda assim, o Comité Olímpico Internacional, que define os calendários e as provas que os integram, nunca deu mostras de permitir a entrada desta competição, por ter uma história curta, poucos participantes, quiçá menos interesse em termos de público e mais dispendiosa com os custos de transmissão televisiva.
Daí também a “pouca” força do TAS, se bem que este assunto deva ser visto com base nos direitos humanos, que determinam a igualdade entre géneros, não se sabendo se o processo deva ser encaminhado para o Tribunal dos Direitos Humanos.
Além de Henriques, as outras atletas que levaram o caso ao TAS foram a campeã australiana Claire Woods, as equatorianas Paola Pérez, Johana Ordóñez e Magaly Bonilla, além da espanhola Ainhoa Pinedo e da americana Erin Taylor-Talcott.
A World Athletics, a então IAAF, havia afirmado num comunicado enviado no ano passado para os jogos que eles tentaram incluir os 50 km de mulheres no programa, mas o COI recusou o pedido porque o programa de atletismo para Tóquio 2020 já havia sido acordado pelo seu Conselho Executivo em Junho de 2017, antes do evento fazer sua estreia no Campeonato Mundial em Londres naquele ano.