Jorge Jesus foi condecorado, esta segunda-feira, por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, numa sala do Palácio Presidencial repleta de homens e mulheres do Futebol, que envolveram o homenageado numa homenagem de todo merecida.
O técnico recebeu, das mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, o título de Comendador e a Ordem do Infante D. Henrique pelos resultados alcançados, tanto no Brasil, ao serviço do Flamengo, como em Portugal.
O também cognominado “Presidente dos afectos”, salientou que “Jorge Jesus contribuiu e contribui para projectar o prestígio de Portugal, no mundo do desporto, mas em geral em termos sociais e isto num país que nos é muito querido. O que dá uma densidade enorme, porque sabemos bem que há uma grande quantidade de portugueses a viver no Brasil e que é o país onde é mais falada a nossa língua e isto tem de ser relevado. Esta é uma condecoração pensada para a projecção de Portugal no Mundo, tal como fez o Infante D. Henrique”.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou ainda que “para além da carreira conhecida, interna e externa, temos a condução à vitória de um clube de uma competição Continental, de prestígio mundial e, como consequência, disso a presença na final do Mundial de Clubes”.
“É com orgulho que recebo esta condecoração”, começou por dizer Jorge Jesus, tendo acrescentado que “sei o significado dela, sei bem quem é o Infante D. Henrique, porque todos os dias, no Brasil, tinha de atravessar a Avenida Infante D. Henrique. São dois países ligados pela história e culturalmente. Esta ligação histórica entre Portugal e o Brasil, daqui a cinquenta anos, já não estarei cá [risos], vão lembrar-se lá que foi um português que conquistou a Libertadores e o Brasileirão”.
Mais adiante, Jesus referiu também que “para mim, esta condecoração vai para além do futebol. Porque eu senti isso no Flamengo. Para além de estar a representar um clube, estava a representar o meu país e por isso, quando subi ao pódio me lembrei logo de levar a bandeira de Portugal às costas”.
A Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem prestou “serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”.
Na sua longa carreira, como jogador e técnico, foi como treinador que Jorge Jesus obteve mais títulos, tendo uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça pelo Benfica, uma Taça da Liga e uma Supertaça pelo Sporting, uma Taça Intertoto da UEFA pelo Sporting de Braga e uma Supertaça pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita.
O Liverpool, que venceu o Flamengo na final do Mundial de Clubes, foi o “culpado” por Jorge Jesus não ter chegado à “tripla” pelo Flamengo, depois de pouco mais de seis de meses à frente da equipa brasileira, que venceu tudo o que havia por ganhar no hemisfério sul da América.
Um ano de ouro que Jesus jamais esquecerá enquanto for vivo!
Um ícone do desporto português e do futebol mundial!
