© JCMyro 2018
Ao vencer (3-0) os russos do Zenit, o Benfica classificou-se para a Liga Europa, deixando pelo caminho alguns milhões de euros mas conseguindo continuar no espaço europeu para a prova número dois.
Apesar do desnível no resultado, os rapazes de Bruno Lage bem tentaram ganhar avanço após o apito inicial, mas a defesa, fechada a sete chaves, dos russos impediu que, durante a primeira parte, não houvesse golos pese embora as oportunidades também não tivessem surgido amiúde.
A maior parte dos ataques dos benfiquistas foi pelo eixo esquerdo (Grimaldo e Cervi), apoiado por um eixo central onde pontificaram Taarabt e Gabriel, mas que não deram resultado (golos) positivo, com os “aflitos” encarnados, que “ouviram” (33’) que o Lyon estava a perder (0-2) em casa, frente ao Leipzig, o que podia complicar as contas do apuramento.
À passagem do primeiro quarto de hora de jogo, o Benfica foi conseguindo assumir o comando do jogo e teve duas oportunidades em que a bola passou ao lado da baliza mas muito perto do poste, o que podia “estremecer” os russos.
Grimaldo (18’) também esteve perto de poder alvejar a baliza contrária mas a bola foi rematada à figura do guarda-redes.
Com a “pressão” de ganhar – por dois golos ou mais para poder ser apurado para a Liga Europa – os jogadores benfiquistas falharam demasiados passes, deixando rolar a bola e sem abertas para chegar à baliza de Herzhakov, enquanto o tempo foi passando, como que passando por uma fase sem ter força anímica para avançar, o que se verificou até ao intervalo.
No reatamento, o Benfica entrou para “matar” o jogo e Cervi (47’) chegou ao 1-0 ao enviar a bola para o fundo da baliza no seguimento de um passe de morte de Pizzi, que apanhou a defesa da equipa russa algo distraída.
Começando a acertar os passes e aproveitando algum “desnorte” dos russos, Gabriel (52’) rematou forte obrigado o guardião visitante a defender para canto.
Nesta mesma fase e pouco depois (56’), Douglas Santos desvia a bola, dentro da própria área, com a mão, e o árbitro (espanhol) assinalou grande penalidade sem dúvidas nenhumas, assim como também não teve dúvidas em expulsar o jogador porquanto recebeu o segundo amarelo e o consequente vermelho, deixando a sua equipa duplamente em “maus lençóis”.
O que se confirmou logo de seguida quando (58’) Pizzi materializou a grande penalidade no segundo golo para o Benfica.
A partir daqui, os russos, sem deixar de contra-atacar, perderam o ânimo que ainda pretendia ter e foram deixando o caminho livre para o Benfica poder marcar ainda mais, ainda que nem por isso houvesse muitas ocasiões.
Aliás, foram os russos (77’) que podiam ter reduzido a diferença, que só não se concretizou por Odysseas estava no sítio certo e deu uma palmada na bola, enviando-a por cima da barra, o que causou alguns “arrepios” na família benfiquista.
Dois minutos depois, Vinicius teve o terceiro golo nos pés, após ficar isolado frente à baliza –o defesa Osorio escorregou – mas a bola foi desviada por outro defesa para canto.
No seguimento desse canto, o Benfica chegou ao 3-0 sem fazer nada: foi o avançado Azmoun (chamado a defender) que, junto ao poste, resolveu jogar de calcanhar e meteu a bola na sua própria baliza.
Um resultado que se ajusta, face à mudança táctica verificada na segunda parte e que garantiu ao Benfica entrar nos dezasseis-avos da Liga Europa, juntando-se ao Sporting e Sporting de Braga, já apurados e a aguardar que o F. C. do Porto (que joga esta quinta-feira) também consiga vencer o jogo que fecha a fase de grupos, frente aos holandeses do Feyeboord.
Sob a direcção do árbitro espanhol Mateu Lahoz, as equipas alinharam da seguinte forma:
Benfica – Odysseas; Tomás Tavares, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Gabriel (Samaris, 81’), Pizzi, Taarabt e Cervi (Seferovic, 81’); Chiquinho e Vinícius (Caio, 89’).
Zenit – Herzhakov; Osorio, Ivanovic, Douglas Santos e Karaev; Erokhin (Sutormin, 65’), Barrios, Ozdoev (Surolnikor, 60’) e Shatov (Mak, 90’); Azmoun e Dzyuba.
Amarelo para Douglas Santos (17 e 56’, sendo expulso), Gabriel (19’), Ozdoev (43’), Erokhlin (55’)
