A Federação Portuguesa de Futebol lançou mais uma publicação do seu acervo histórico, desta vez um Almanaque da Formação, pela pena de Rui Miguel Tovar.
O jornalista e escritor teve o papel (e o trabalho) de fazer a recolha dos resultados de todos as equipas que, ao longo de oitenta anos, conquistaram os títulos em disputa nas categorias de juniores, juvenis, iniciados e infantis.
Uma obra que, pela passagem de cada ano, recorda algumas das principais figuras do futebol nacional e internacional, quer como jogadores e até treinadores.
O primeiro campeão nos juniores, que foi consagrado em 1939, foi conquistado pelo Sporting, com uma equipa treinada pelo técnico húngaro Joseph Szabo, em que os leões bateram (4-0) o Académico do Porto.
Em 1953, comandado pelo técnico Artur Baeta, o F. C. do Porto sagrou-se campeão pela primeira vez, enquanto o Benfica venceu em 1944 sob as ordens de Dezso Gencsi, equipa que fez a dobradinha no ano seguinte e com o mesmo técnico, no que foi a primeira colectividade a conquistar dois títulos conseguidos.
Na contabilidade geral, em 2019, o Benfica é o rei dos campeões, com 24 títulos, à frente do F. C. Porto (23) e do Sporting (17), figurando ainda o Boavista (4), a Académica der Coimbra e o Sporting de Braga (3).
Com um triunfo estão o Unidos (1940), Leixões (1942), Belenenses (1947), Alverca (2002, treinado por José Couceiro) e o Vitória de Guimarães (1991) com Manuel Machado na liderança técnica.
José Valdivieso, Juca, António Feliciano, Osvaldo Silva, Rodolfo Reis, Custódio Pinto, Nené, Augusto Inácio, Fernando Mendes, Carlos Pereira, João Pinto, Fernando Chalana, Bastos Lopes, Paulo Bento, Ilídio Vale, António Folha, João Tralhão e Mário Silva foram outros antigos jogadores que, como técnicos, ganharam campeonatos, o último dos quais a chefiar a equipa do F. C. do Porto que derrotou (2-0) o Sporting de Braga.
No decorrer da apresentação, que teve lugar na FNAC (Chiado), José Couceiro, Director Técnico federativo, teve oportunidade de deixar uma tónica muito importante, quando salientou que “alguém perder por 10-1 é desmoralizante, mais a mais para jovens de tenra idade. Daí que importa passar a mensagem de que até aos sub-14 as crianças devam praticar várias modalidades de modo a evitar estes percalços, sendo orientados mais para a formação da actividade física e desportiva do que para a competição”.
Rui Miguel Tovar fez a apresentação do livro recordando as peripécias que teve para conseguir concluir esta obra em que recorda os mais jovens do futebol português, enquanto Pedro Pauleta, director da Federação, salientou – entre outras lembranças da sua longa carreira – a importância desta obra na colectânea de livros que a Federação Portuguesa de Futebol tem trazido a lume, como forma de toda a gente melhor conhecer a modalidade e contribuir para a sua evolução.
O livro encontra-se à venda na FNAC e noutras livrarias.