A cerca de 24 horas do início de mais uma edição do Europeu de Crosse, o percurso do Parque da Bela Vista (Lisboa) está pronto para receber as estrelas (grande parte renovadas) do velho Continente europeu.
Atletas que vão encontrar, desta vez, um terreno sem grandes problemas de piso, pese embora se preveja chuva para este domingo, dia das competições, pese embora o “enleado” do percurso não seja fácil, começando a subir de início, fazendo algumas voltas em estilo de sobe-e-desce e só descendo definitivamente para a meta nos últimos 200 metros, o que redunda em provas quanto mais longas mais difíceis, como o caso dos seniores, sendo necessário ter “barba rija” para enfrentar os desafios.
As imagens referem-se aos locais de partida e chegada e também à zona reservada às equipas portuguesas que vão tomar parte, abrigadas das intempéries que possa acontecer.
Nesta sexta-feira, a equipa espanhola da Associação Europeia da modalidade, que coordena a montagem das estruturas, afinou quase todos os pormenores, podendo dar o ok ainda na manhã deste sábado.
Tanto quanto se sabe, não há alterações em relação à composição das equipas nacionais, aguardando-se o melhor desempenho de todos, pese embora seja na camada mais jovem que possam surgir algumas posições interessantes, sem esquecer a equipa feminina, onde Dulce Félix pode ter uma palavra a dizer, face ao histórico que tem na competição, onde vai ter a nona presença, que será acompanhada por Salomé Rocha.
Mariana Machado, na despedida da categoria de juniores (sub20), tem mostrado capacidade e competência para entrar no pódio, o que também pode surgir por parte de Etson Barros.
Dos visitantes, destaque para o norueguês Filip Ingebrigtsen, campeão absoluto em título, o mais favorito.
Nos masculinos, Miguel Marques (seis presenças) e André Pereira (cinco) assumem o comando.
A competição será apresentada, oficialmente, este sábado (18 horas) na Câmara Municipal de Lisboa, com a presença do presidente da Associação Europeia de Atletismo, Svein Arne Hansen e do vereador responsável pelo desporto, Carlos Castro.
Uma excelente jornada de promoção do atletismo, neste âmbito através do crosse, no que será o terceiro campeonato europeu que Portugal organiza, depois do mundial de 1985, brilhantemente conquistado pelo campeoníssimo Carlos Lopes.
Como nota final, recorde-se que Paulo Guerra e Jéssica Augusto são os “heróis nacionais”, porquanto foram os únicos a ter conquistado medalhas de ouro (campeões europeus), com quatro para Guerra (1994, 1995, 1999 e 2000) e uma para Jéssica (2010), Jéssica que venceu ainda em juniores (2000) e Inês Monteiro, também em juniores (1999).
Além das sete medalhas de ouro, foram ainda conseguidas n9 de prata e 7 de bronze, nas várias categorias e em termos individuais.
Em termos colectivos, Portugal conquistou 12 medalhas de ouro, 11 de prata e 9 de bronze, em todas as categorias.