O Benfica derrotou (2-0) o Rio Ave – com golos de Rúben e Pizzi – no jogo inaugural da 10ª jornada da Liga NOS e que levou ao Estádio da Luz uma assistência de 53.579 espectadores, o que se deve considerar como excelente.
Como lhe competia, o Benfica iniciou a partida a “toda a velocidade” para tentar adiantar-se no marcador e evitar qualquer “euforia” mais desmedida dos forasteiros, mas a verdade é que o maior perigo veio precisamente dos homens do Rio Ave, que conquistaram (4’) o primeiro pontapé de canto do desafio depois de Rúben ter desviado a bola pela linha final.
Três minutos depois, Gabrielzinho escapou-se pela esquerda, entrou na grande área benfiquista, continuou a correr para a baliza mas adiantou demais a bola e permitiu que Odysseas, ainda que apertado, agarrar a bola.
O Benfica continuou a tentar chegar à baliza adversária mas a finalização não se fez nem com convicção nem com confiança e o perigo não se fez sentir.
Tarantini (11’) foi o finalizador de uma jogada, sob o lado esquerdo, rematando da zona frontal da linha da grande área mas a bola saiu por cima da barra, salientando-se que o perigo surgiu, quase sempre, pelo lado esquerdo do ataque do Rio Ave, onde pontificavam Nikola e Mehdi.
O jogo continuou vivo e rápido, sem que o Rio Ave se ficasse pelo meio campo, mas foi o Benfica que esteve à beira de marcar (20’) quando Florentino, isolado, não conseguiu controlar a bola e Kieszek saiu da sua zona de conforto para afastar, a pontapé, a bola para longe.
Com maior pressão, o Benfica conseguiu abrir o marcador (32’) quando Rúben, lá nas alturas – mais alto do que todos – cabeceou para marcar um golo de belo efeito, em que a bola entrou entre as mãos do guarda-redes e a barra, porquanto Kieszek não conseguiu desviar por cima da barra.
Com este tónico, o Benfica tentou aproveitar a maré do gol marcado e (36’) Pizzi não fez melhor do que rematar a bola contra a barreira num livre directo, fora da grande área, mas de excelente ângulo.
Vinicius ensaiou (39’) um remate, forte, fora da área, mas a bola subiu demais e passou por cima da barra.
Melhor esteve Mehdi que (41’) fugiu pela esquerda, isolou-se e rematou mas para o poste, saindo a bola pela linha de cabeceira de Odysseas.
Três minutos depois Cervi – sempre muito activo a sair para o ataque – recebeu a bola dentro da área mas rematou contra um defesa e a bola perdeu-se pela linha final.
Na resposta e na sequência de um livre marcado por Nuno Santos a bola não chegou a Tarantini, dentro da grande área, porque André Almeida se antecipou e resolveu a questão ao chegar-se ao intervalo.
No regresso, o Benfica voltou a insistir, numa altura em que alguns jogadores do Rio Ave pareciam “cansados”, e o 2-0 surgiu de forma rápida.
Uma vez mais com Cervi a dominar a bola e a subir no campo, a bola foi para a área dos visitantes e Pizzi surgiu na zina frontal a, depois de tirar um defesa da frente, atirar com força e fazer o segundo dos encarnados.
A partir daí, o Rio Ave diminuiu o ímpeto de jogo e a partida foi amornando, ainda que com alguns lances que podiam dar perigo, mas que foram relativos.
Num deles (56’), o Benfica beneficiou de um livre sobre a esquerda do ataque e que levou a bola, marcada por Grimaldo, à cabeça de Rúben que cabeceou a rasar o poste.
Benfica foi insistindo, formando momentos para criar perigo mas todas as tentativas não deram resultados.
A de maior perigo surgiu (82’) quando o guardião do Rio Ave desviou para canto um forte remate de Cervi.
Um triunfo justo do Benfica, que mantêm o clube da Luz na liderança da Liga NOS.
Sob a direcção de Carlos Xistra, com o apoio dos assistentes Jorge Cruz e Marco Vieira, as equipas alinharam:
Benfica: Odysseas; André Almeida, Rúben, Ferro e Grimaldo (Tomás Tavares, 77’); Pizzi, Florentino, Gabriel e Cervi; Chiquinho (Gedson, 81’) e Vinicius (Seferovic, 86’).
Rio Ave: Kieszek; Nélson Monte, Borevkovic, Santos (Messias, 72’) e Matheus Reis; Nuno Santos, Tarantini, Filipe Augusto e Nikola Jambor; Gabrielzinho (Carlos Mané, 53’) e Mehdi (Ronan, 46’).
Cartões amarelos: Cervi (29’), Santos (35’), Nuno Santos (45+1’) e Tarantini (63’).