O 11º Congresso Nacional de Educação Física terminou este sábado, no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, por onde passaram cerca de meio milhar de professores, treinadores e técnicos, que debateram em torno do tema “Avaliar para Melhorar”.
De acordo com o comunicado emitido no final do evento, Ana Faro (FCDEF-UC) moderou a última conferência com o tema ‘Avaliar na Educação Física’, que contou com a intervenção de Victor López-Pastor (Universidade de Valladolid – Espanha), António Miranda (ES Avelar Brotero – Coimbra), André Gonçalves (Colégio Pedro Arrupe – Lisboa) e João Comédias (Faculdade de Educação Física – ULHT).
No final, foram homenageadas as personalidades que estiveram igualmente presentes na 1ª edição do Congresso Nacional de Educação Física, na Figueira da Foz há 31 anos, seguido
Do sorteio de dois “vouchers”, cortesia do Grupo Hoti Hotéis, para estadias em Peniche e Castelo Branco.
Na sessão de encerramento, com João Costa (por vídeo), Secretário de Estado da Educação, a congratular-se com o êxito do congresso, falaram ainda José Manuel Constantino (Presidente do Comité Olímpico de Portugal) que teve oportunidade de salientar que “foi um evento importante para fazer um ponto de situação da Educação Física, mas também para reforçar os laços identitários e de agregação em torno dos profissionais de Educação Física. A escola é um Clube e tudo começa nas primeiras idades. As experiências motoras que os alunos têm, são determinantes para a sua formação desportiva e estabelecimento do seu percurso desportivo. Neste sentido a escola é um local de passagem fundamental.”
Segundo o mesmo comunicado, Nuno Ferro (Presidente da SPEF), salientou, por seu lado, que “o balanço deste 11º Congresso Nacional de Educação Física é bastante positivo. A opinião das pessoas que se têm dirigido a nós é nesse sentido, com uma grande satisfação pela qualidade das intervenções e os congressos vivem disso mesmo, da qualidade das pessoas que transmitem a mensagem. A nossa preocupação foi garantir que aqueles que aqui estavam a transmitir qualquer coisa tinham essa capacidade de demonstrar as coisas boas que fazem. A validade e sucesso deste congresso estão relacionados com isso.
Há ideias muito claras que à partida nós gostaríamos que fossem tratadas durante o congresso e isso efectivamente aconteceu. A ideia de que a avaliação é um elemento central de qualquer uma das três áreas debatidas deste evento. A ideia de que a avaliação é um qualificador de práticas foi algo que foi referido exaustivamente por todos os que integraram os diferentes painéis e conferências. Estas eram as linhas que antevemos como positivas de acontecer e efectivamente aconteceram. O próximo passo é que cada um de nós, nos seus locais de intervenção, consiga fazer com que estas ideias de qualificação consigam ser aplicadas para que aquilo que são os proveitos de quem pratica desporto, que está nas aulas de Educação Física e que usufrui do exercício e saúde, possa ter o melhor que é possível. Também retirámos deste congresso a ideia de que a questão da qualificação profissional daqueles que têm de orientar estes treinos ou aulas é determinante. Só sabe “bem avaliar” quem foi preparado para bem avaliar. Esta é outra das ideias que ficou bem clara no final deste congresso.”
No documento a que nos referimos, comunica-se ainda que José Ferreira (presidente da FCDEF – UC), colocou o ponto final no congresso afirmando que “a ligação entre a investigação e a prática é assegurada na Universidade de Coimbra, na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física e penso que, transversalmente, por outras escolas do ensino superior público na sua oferta formativa. A questão da avaliação é muito importante, a recolha de dados, mas mais importante é saber o que fazer com esses dados da avaliação. Em termos de planeamento e de prescrição do treino e do exercício físico, os dados recolhidos numa avaliação inicial, têm de ser a base fundamental para definirmos as estratégias, os métodos e procedimentos para oferecer propostas, programas e actividades mais adequadas às necessidades dos estudantes ou grupos. Outro componente muito importante é a monitorização dessa mesma intervenção. Só com essa evidência conseguimos ter certezas e contribuir para que se faça ciência na nossa área.”
O 11º CNEF foi organizado, conjuntamente, pelo Conselho Nacional das Associações de
Profissionais de Educação Física e Desporto (CNAPEF), pela Sociedade Portuguesa de
Educação Física (SPEF) e, este ano, pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, pela Faculdade
de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC) e pela
Associação representativa dos Professores de Educação Física da região de Coimbra
(APPEFIS).