Sebastian Coe presidirá à Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) por mais quatro anos após ser reeleito por unanimidade com 203 votos, no congresso eleitoral realizado esta quarta-feira, em Doha (Qatar), no início da festa mundial do atletismo, que se seguirá com a realização de mais uma edição do mundial, no qual vão estar 16 atletas portugueses, que terá início esta sexta-feira.
Antes da eleição, o Congresso votou (164 a 30) a favor da decisão de estender a suspensão da Rússia da IAAF. A sanção, que atingiu o país como consequência de um escândalo generalizado de doping apoiado pelo Estado, significa que a Rússia não pode competir sob sua própria bandeira.
Portanto, Doha’2019 será o segundo campeonato mundial consecutivo onde os russos competirão sem a bandeira ou uniforme de seu país. A Rússia foi inicialmente proibida em Novembro de 2015, logo após a eleição de Coe em Pequim. A proibição foi prorrogada 11 vezes.
“Não foi uma jornada fácil”, disse Coe aos delegados após sua reeleição, tendo referido quinda que “os primeiros quatro anos foram o tempo da mudança, o próximo será o tempo da construção”.
A eleição para os vice-presidentes da IAAF começou com controvérsia, quando a Unidade de Integridade do Atletismo suspendeu um dos candidatos – Ahmed Al Kamali, dos Emirados Árabes Unidos – por uma “possível violação das Regras de Candidatura e Código de Conduta da Integridade da IAAF”.
Mas, no final, um dos principais destaques foi a eleição da primeira vice-presidente feminina nos 117 anos de história da IAAF. Uma posição que foi para Ximena Restrepo, a primeira colombiana a ganhar uma medalha olímpica no atletismo quando conquistou um bronze nos 400 metros em Barcelona, 1992.
As também candidatas Abby Hoffman (Canadá), medalha de ouro nos 800m dos Jogos Pan-Americanos de 1963 e 1971 e campeã de 880 jardas nos Jogos da Commonwealth de 1966, e Sylvia Barlag (Holanda) que terminou em 10º no pentatlo nos Jogos Olímpicos de 1980 em Moscovo, classificaram-se a seguir.