A selecção nacional feminina alcançou um feito único, até agora, na história do ténis de mesa português, ao garantir a conquista da primeira medalha de sempre no Campeonato da Europa de equipas, competição que decorre em Nantes (França).
A equipa venceu a poderosa alemã, vice-campeã em título e detentora de sete troféus europeus, nos quartos-de-final, por 3-2.
A formação lusa (26.ª na lista europeia e 59.ª do ranking mundial) precisou de três horas para levar de vencida a equipa germânica, 3.ª no ranking europeu e 9.ª na classificação mundial.
A partida começou com Jieni Shao (37.º da Europa / 88.ª do Mundo) a perder por 1-3 com Ying Han (6.ª / 30.ª), pelos parciais (11-8, 15-13, 11-13, 11-5)
Fu Yu (10.ª / 39.ª), que ainda não perdeu qualquer encontro neste Europeu, venceu Petrissa Solja (3.ª / 21.ª) por 3-2 – parciais de 12-10, 6-11, 8-11, 11-9, 5-11 e relançou a partida.
Rita Fins (226.ª / 616.ª) foi derrotada por 3-0 por Xiaona Shan (45.ª / 100.ª), pelos parciais de 11-3, 11-2, 11-5.
Fu Yu voltou a empatar a partida, ao vencer Nina Mittelham (12.ª / 41.ª) por 3-1, pelos parciais de 11-4, 8-11, 4-11, 8-11.
Jieni Shao voltou a ter a responsabilidade de decidir o resultado do jogo e começou da pior maneira frente a Petrissa Solja, perdendo os dois primeiros sets. A atleta lusa conseguiu recuperar e vencer por 3-2 – parciais de 11-9, 11-6, 9-11, 2-11, 6-11 – e garantir
a primeira medalha para Portugal no ténis de mesa feminino.
“Estava nervosa antes do jogo começar, porque a Alemanha tem uma equipa muito forte e perigosa. Por isso, comecei a disputar a partida de uma forma mais lenta, mas quando o resultado estava em 0-2 sabia que precisava de ser mais agressiva e colocar mais velocidade no jogo”, afirmou Jieni Shao.
Nas meias-finais, marcadas para as 12h00 de sábado, Portugal vai defrontar o vencedor do encontro entre a Hungria e a Ucrânia, que tem início às 18h00. Do resultado final dependerá a qualidade da medalha a receber.
Na fase de grupo, a equipa já tinha alcançado o feito notável de derrotar a Rússia, 7.ª selecção da Europa e 14.ª do mundo, que foi sete vezes campeã da Europa (contando com os títulos conquistados como união Soviética) e três vezes medalha de bronze nas quatro últimas edições do europeu, incluindo Luxemburgo 2017.
Até agora, o melhor resultado alcançado pela equipa feminina tinha sido o 8.º lugar obtido no Europeu do Luxemburgo, em 2017.
Igual feito foi conseguido pela formação masculina ao vencer a Áustria, também nos quartos-de-final, por 3-1.
A selecção nacional (6.º do ranking europeu e 13.º do mundial), que não vencia a equipa austríaca (4.º / 9.º) desde o Europeu do Luxemburgo 2017, obteve um triunfo categórico e assegurou a passagem às meias-finais, nas quais vai defrontar a Suécia (sábado, 15h00).
Portugal entrou na partida a perder, com Tiago Apolónia (32.º / 59.º) a não conseguir ultrapassar Robert Gardos (19.º / 42.º), com quem perdeu por 0-3, com os parciais de 11-13, 7-11 e 6-11.
Marcos Freitas (10.º / 26.º) venceu Daniel Habesohn (16.º / 38.º) por 3-1 (parciais de 11-8, 6-11, 11-8, 7-11).
João Monteiro (67.º / 132.º) venceu Stefan Fegerl (34.º / 70.º), também por 3-1 (parciais de 11-3, 11-1, 8-11, 11-7).
Tiago Apolónia fechou o jogo, ao vencer Daniel Habesohn por 3-0 (parciais de 11-6, 11-4, 11-3).
Portugal conquistou quatro medalhas em cinco anos – duas em Europeus (ouro em Lisboa 2014 e prata em Luxemburgo 2017) e duas em Jogos Europeus (ouro em Baku 2015 e bronze em Minsk 2019).
A Suécia ocupa a 2.ª posição do ranking europeu e o 5.º posto da classificação mundial, sendo representada pelos atletas Mattias Falck (2.º / 9.º), Kristian Karlsson (8.º / 23.º), Jon Persson (28.º/ 53.º), Truls Moregard (38.º / 81.º) e Anton Kallberg (43.º / 88.º).
A selecção sueca ficou em 5.º lugar nos europeus de 2017 e 2015 e foi medalha de bronze em Lisboa 2014.
Neste Europeu, a equipa escandinava venceu a Hungria (3-0), Roménia (3-0) e Inglaterra (3-0).
Com as medalhas garantidas, aguarda-se que os jogadores não fraquejem no “foco psicológico” e possam subir ainda mais alto no pódio.
