Num dia histórico para a modalidade e para o desporto português, Fonseca fez jus a uma categoria que ninguém nega mas que tardou, ora confirmada como este galardão de inestimável valor.
Esta foi a décima primeira medalha alcançada por um porquês a nível do mundial, história que começou com primeiro o bronze ganho por Filipa Cavalleri, precisamente em Tóquio, em 1995, no que foi o “grito do Ipiranga” do judo nacional.
Vinte e quatro anos depois, quem diria, Jorge Fonseca chegou ao ouro, depois de 12 anos após o bronze, Telma Monteiro ter ganho a primeira prata, no Rio de Janeiro (2007).
Que rica prenda para este final de época de 2019.
Fonseca (- 100 kg) começou por ganhar os quatro primeiros combates (um por waza-ari e três por ippon), chegando ao fim como vencedor do seu grupo, saltando de imediato para as meias-finais onde, uma vez mais, venceu, desta vez, Elmar Gasimov (Azerbaijão) e seguindo até à final com garbo.
No último combate, Fonseca confirmou tudo o que tem sido dito (e feito por ele próprio), “despachando” o russo Niyaz Ilyasov, para chegar ao ouro, depois de um “waza-ari” no momento oportuno, num combate fantástico que o pode fazer subir no ranking mundial e garantir a presença nos Jogos Olímpicos de 2020.
Medalha que, como ontem referimos, estava na cogitação de toda a comitiva. Bem pensada e melhor concretizada!
Esta sexta-feira ficou ainda assinalada pelo excelente 5º lugar conquistado por Patrícia Sampaio (- 78 kg) – também a confirmar o seu real valor – que perdeu o bronze por pormenores e ou detalhes menores.
Venceu os três primeiros combates – em vitórias e derrotas todas por ippon – frente a Shu Huei Wang (Taipé), Jovane Pekovic (Montenegro) e Marhinde Verkerk (Holanda), perdendo o último combate da fase de grupos frente à japonesa Shori Hamada.
Na repescagem venceu a chinesa Zhenzhao Ma mas na disputa para o bronze perdeu para a brasileira Mayra Aguiar, terminando na excelente quinta posição.
Yahima Ramirez, na mesma categoria, foi derrotada no primeiro combate e terminou aí a sua participação.
Este sábado, cabe a Rochele Nunes (+ 78 kg), demonstrar as suas capacidades no torneio para a esta categoria, que começará frente à finlandesa Ryoko Salinas, sem registo no ranking. Um maior suspense por essa surpresa.