A primeira participação de Portugal nos Jogos do Mediterrâneo de praia Patras’2019 ficou marcada pela conquista de seis medalhas: uma de ouro – natação de águas abertas – e cinco de prata – andebol feminino e masculino, aquatlo feminino e masculino e futebol de praia.
No último dia de competição chegou o aquatlo para mostrar bons resultados. Ana Ramos entrou na prova feminina – 2,5km corrida, 1km natação e mais 2,5km corrida – e terminou em 2º lugar, apenas atrás da espanhola Sara Guerrero Manso, sendo seguida no terceiro lugar pela cipriota Stavroulla Percicleous.
No final da prova, a portuguesa estava naturalmente satisfeita com o resultado, tendo referido que “esta prova era um objectivo para mim e trabalhei bastante durante estes últimos meses para isto. Tinha ambições até maiores mas sabia que o primeiro lugar seria muito complicado”.
Talvez inspirados pelos bons resultados na prova feminina, Pedro Mendes e Rafael Domingos entraram na competição com a ambição de alcançarem também um resultado de topo. Se Rafael Domingos terminou no 6º lugar, já Pedro Mendes foi 2º classificado a cerca de três segundos do espanhol Kevin Gonzalez.
Pedro Mendes mostrou-se agradavelmente surpreendido com o resultado, tenho comentado que “foi algo inesperado, porquanto tive alguns problemas nos últimos dias, pelo que não estava à espera de me sentir nas melhores condições mas acabou por correr tudo bem”.
Depois de uma fase de grupos imaculada, Portugal apresentou-se na final frente à Itália com o objectivo de conquistar a medalha de ouro.
No entanto uma entrada fortíssima da Itália levou a que o primeiro período terminasse com a desvantagem de cinco golos sem resposta. Um segundo período equilibrado com dois golos para cada lado ainda alimentou as esperanças lusas, que no terceiro período marcou três golos sem resposta.
No entanto o resultado de 5-7 foi insuficiente para a medalha de ouro, terminando Portugal no 2º lugar. Madjer, em nome da equipa, destacou a ambição da equipa salientando que “queríamos a medalha de ouro, como todos os atletas querem o topo. De qualquer forma temos de valorizar a medalha, é sempre importante uma representação portuguesa conquistar medalhas. E nós tivemos uma representação excelente, com bastantes medalhas, o que é de louvar”.
Depois de Adão Silva ter ficado arredado das rondas finais na competição de 90kg, Hugo Passos, (este sábado) na categoria de 70kg, tinha de vencer os dois combates matinais para conseguir o acesso aos combates que decidiam medalhas. E o português não deixou os seus créditos por mãos alheias, vencendo os adversários da Albânia e Chipre e ultrapassando a fase de grupos em 2º lugar. Chegado às meias finais encontrou o grego Fotios Papadakis que o venceu por 1-0, relegando o português para o combate que decidiria a medalha de bronze. Frente a mais um adversário grego, desta vez Niko Arpuzmanidis, voltou a ceder por 4-0 terminando em 4º lugar.
Foi a amizade o fio condutor da cerimónia de encerramento desta edição dos Jogos do Mediterrâneo de praia, tendo Madjer sido o porta-estandarte de Portugal, com os atletas participantes, num grupo único, unido pelo desporto, pela amizade e pelo Mediterrâneo.
O encerramento formal da competição esteve a cargo de Nikolaus Papadimatos, Presidente da Comissão Organizadora de Patras, que destacou a importância da organização na Grécia de um grande evento desportivo. Amar Addadi, Presidente do Comité Internacional dos Jogos do Mediterrâneo, agradeceu a todos os que tornaram possível a organização do evento, declarou esta edição terminada e convidou a “Família do Mediterrâneo” para a próxima edição da competição. E foi dele a frase que marcou esta Cerimónia “Até o melhor chega ao fim”.
O fogo-de-artifício foi a chave perfeita para o final da segunda edição dos Jogos do Mediterrâneo de praia.
