Terça-feira 26 de Novembro de 3157

Fugas, montanhas, chuva e quedas… a favor do Sporting/Tavira na chegada a Bragança

As quedas provocadas pela chuva que caiu ao longo de quase todo o percurso – as últimas quase com a meta à vista – vieram “ensombrar” a sexta etapa da Volta a Portugal Santander, esta quarta-feira realizada entre Torres de Moncorvo e Bragança, numa distância de 189,2, outra das mais longas (189,2 km) desta competição.

PODIUM/ Paulo Maria / INTERSLIDE

PODIUM/ Paulo Maria / INTERSLIDE

Torre de Moncorvo não assistia a uma partida da Volta desde 1931 – quando se correu a 2ª edição da “Portuguesa” – iniciando-se a etapa em plano inclinado e com uma luta intensa pelo Prémio de Montanha. Nas três contagens de 3ª categoria, Luís Gomes conseguiu destronar o anterior “Rei dos Trepadores”. O homem da Rádio Popular-Boavista ganhou duas das três contagens e enverga agora a Camisola Azul Liberty Seguros.

Antes da largada, o céu cinzento alinhou-se com o pesar do minuto de silêncio respeitado em homenagem ao jovem corredor belga, Bjorg Lambrecht, que morreu na sequência de uma queda na Volta à Polónia.

Daí, provavelmente, um certo receio entre os que alinharam à partida, porquanto as quedas – devido ao piso molhado e escorregadio – que se verificaram envolveu vários corredores, entre eles o camisola amarela.

Apesar dos incidentes, Gustavo Veloso e os restantes 22 corredores que caíram não perderam tempo significativo porquanto foram creditados com o tempo do pelotão, dado que os três primeiros classificados se mantiveram nas mesmas posições.

A etapa foi ganha pelo espanhol Hector Saez (Euskadi-Murias), um dos onze fugitivos que, pouco depois do meio da etapa, conseguiu escapar ao pelotão. Com corredores muito atrasados na classificação, a coluna principal não se preocupou muito com a fuga.

Ainda assim, entre os onze fugitivos registou-se, por vezes, alguma entreajuda para não perderem tempo para o pelotão principal o que originou uma “discussão” da entre vários homens, que ensaiaram ataques, mas o último e o mais consistente foi o de Hector Saez que, aos 25 anos, ganhou no nordeste transmontano a primeira corrida como profissional. Os restantes chegaram a conta-gotas e o pelotão terminou quatro minutos e meio depois.

Ainda não foi desta que um português ganhou em Bragança. O último triunfo foi de Eduardo Correia com as cores do Sangalhos, em 1981. A recta da meta bragantina com cerca de 400 metros em ligeira inclinação terá sido a última oportunidade para os velocistas puros desta volta se mostrarem.

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PODIUM

Em termos de resultados – em face das quedas – a equipa do Sporting/Tavira acabou por ser a mais feliz e catapultou-se para o segundo lugar da classificação colectiva, ficando apenas a dois minutos do W52/Porto.

Resultados da etapa desta quarta-feira:

1.Hector Saez (Euskadi Murias), 4.55.14; 2. Benjamin Perry (Israel Academy), a 7 segundos; 3. Txomin Juaristi (Euskadi), a 10 segundos; 4. Julen Moreno (Caja Rural), também a 10 segundos; 5. Filipe Cardoso (VITO/Feirense/PNB), a 33 segundos; 6. Cyrille Thierry (Swiss Race Academy), m.t.; 7. Gonçalo Leaça (LA Aluminios), idem; 8. Micael Isidoro (BAI Sicasal Petro Luanda), m.t.; 9. Alvaro Diego (Sporting/Tavira), a 36 segundos; 10. David Livramento (Sporting/Tavira), a 48 segundos.

Geral Individual (Camisola Santander):

1.Gustavo Veloso (W52/Porto), 28.21.20; 2. João Rodrigues (W52/Porto), a 15 segundos; 3. Vicente Rubio (Aviludo/Louletano), a 22 segundos; 4. Jóni Brandão (EFAPEL), a 25 segundos; 5. Henrique Casimiro (EFAPEL), a 45 segundos; 6. Edgar Pinto (W52/Porto), a 1.14; 7. João Benta (Radio Popular/Boavista), a 1.17; 8. David Rodrigues (Radio Popular/Boavista), a 1.21; 9. Christian Giraldo (Medellin/Colômbia), a 1.25; 10. Luís Fernandes (Aviludo/Louletano), a 1.33.

Continuam em prova 113 ciclistas.

Geral por equipas: 1. W52/Porto, com 85.05.07; 2. Sporting/Tavira, a 2 minutos; 3. Radio Popular/Boavista, a 3.24; 4. EFAPEL, a 6.42; 5. Aviludo/Louletano, a 11.40.

Geral por pontos (Camisola Rubis Gás): 1. Daniel Mestre (W52/Porto), 91; 2. August Jensen (Israel Academy), 52; 3. Mikel Gardoki (Euskadi-Murias), 50; 4. Hector Saez (Euskadi Murias), 47; 5. David Appolonio (Amore&Vita), 42.

Geral Montanha (Camisola Liberty Seguros): 1. Luís Gomes (Radio Popular/Boavista), 37; 2. David Ribeiro (LA Alumínios), 33; 3. Gaspar Gonçalves (Miranda/Mortágua), 32; 4. Peio Goikoetxea (Euskadi-Murias), 31; 5. João Rodrigues (W52/Porto), 30.

Geral Combinado (Camisola KIA): 1. Gustavo Veloso (W52/Porto), 15; 2. Jóni Brandão (EFAPEL), 32; 3. Vicente Rubio (Aviludo/Louletano), 33; 4. João Rodrigues (W52/Porto), 39; 5. Alejandro Marque (Sporting/Tavira), 51.

Geral Juventude (Camisola Jogos Santa Casa): 1. Emanuel Duarte (LA Aluminios), 28.28.08; 2. Unai Cuadrado (Euskadi Murias), 28.28.41; 3. Urko Fernandez (Euskadi Murias), com 28.29.12; 4. Rafael Lourenço (Oliveirense/InoutBuild), 28.42.12; 5. João Barbosa (VITO/Feirense/PNB), 28.43.48.

Esta quinta-feira, Deuses do Larouco já aguarda a Volta a Portugal, de novo sob chuva e vento

Na que será a 7ª etapa, numa viagem pelo mapa da 81ª Volta a Portugal Santander que continua no Nordeste, rumo às Terras do Barroso.

A partida acontece em Bragança e segue com destino a Montalegre e à Serra do Larouco, a segunda mais alta de Portugal Continental, que coincide com uma contagem de montanha de 1ª categoria. Antes de apreciar a vista, o pelotão tem de pedalar 156,2 quilómetros.

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