Quinta-feira 25 de Novembro de 4393

A Volta a Portugal em Bicicleta de 20 a19 com a Torre, o Final no Porto e tantos outros regressos …

Volta2019-7-6-2019Foi dado o tiro de partida para a 81ª Volta a Portugal em Bicicleta, um evento de História e com muitas histórias ao longo dos vários percursos que calcorreou, caminho que será trilhado por um conjunto de ciclistas da fina flor possível em função das condições gerais que a organização oferece, nem sempre as mais convidativas ou … quase sempre afastada das expectativas globais.

Ainda assim, é de todo o mérito reconhecer o esforço que é feito para manter esta tradição, no momento quiçá mas facilitado pela subida económica que grassa pelo país, mas uma graça para os largos milhares que não oportunidade de seguir, pedalada após pedalada, o esforço dos praticantes de uma modalidade que obriga a muito sacrifício de uma forma geral.

Com dois municípios estreantes, Miranda do Corvo e Pampilhosa da Serra, a 81ª Volta a Portugal Santander aí está! No calor de 31 de Julho a 11 de agosto, o país volta a agitar-se no frenesim das bicicletas com 1.531 quilómetros de competição repartidos entre Viseu e o Porto. Numa edição de regressos, há 30 anos que a Avenidas dos Aliados não recebia o final da prova, faz-se homenagem à tão carismática Serra da Estrela que volta a ter um final de etapa na Torre.

O município de Viseu que se assume como tendo a “Melhor Cidade para Viver”, foi o escolhido para dar as boas vindas à 81ª edição da Volta a Portugal Santander. Esta será a terceira vez na história, depois de 2010 e 2015, que as pedaladas iniciais da prova começam em Viseu, autarquia que, desde sempre, é umas das mais activas no acolhimento da Volta. As primeiras emoções têm partida e chegada na Avenida da Europa, no último dia de Julho, com um prólogo de 6km.

A primeira etapa acontece na terra da Chanfana, prato típico à base de carne de cabra e marca a estreia de Miranda do Corvo na Volta a Portugal. Os trepadores hão-de ficar alerta logo nos primeiros quilómetros na Serra da Lousã onde está uma contagem de primeira categoria. O percurso acidentado de 174.7km passa ainda por Alvaiázere e Pombal até chegar a Leiria, cidade que já foi final de etapa da Volta 18 vezes.

Com o primeiro fim-de-semana de Agosto à porta, acontece a etapa mais longa desta edição. São 198,5km com início na Marinha Grande – que regressa à Volta após 25 anos. O final da “maratona” vai ser empinado em Santo António dos Cavaleiros, freguesia do município de Loures, às portas da capital. Esta autarquia, à semelhança da Marinha Grande, não recebia a prova desde 1990.

Ao quarto dia o pelotão regressa à zona centro do país numa viagem quase tão longa como na véspera. São 194,1km de percurso alternado entre as duas margens do Rio Tejo, com partida de Santarém. O destino é a “veterana” cidade de Castelo Branco que já recebeu 38 chegadas da Volta a Portugal, a última há dois anos.

No domingo, 4 de agosto, será a vez da vila de Pampilhosa da Serra se estrear na Volta a Portugal Santander e logo como ponto de partida da considerada etapa Rainha que termina na Serra da Estrela. Este ano, a batalha faz-se numa jornada de 145km com cinco contagens de montanha. A escalada final pela vertente da Covilhã termina na Torre, o que já não acontece desde 2015.

Antes do dia de folga, os derradeiros 158km da fase inicial da prova começam em Oliveira do Hospital e subir continuará a ser a palavra de ordem. Parte desta quinta etapa será feita nas faldas da vertente norte da Estrela. No fim, as dificuldades da ascensão à Guarda, a cidade mais alta de Portugal, deve deixar o pelotão ainda com mais expectativas sobre o dia de repouso.

Pelotão “carrega baterias” na cidade mais alta.

Terminada a quinta etapa descansam os “guerreiros do asfalto” e começa a animação na Guarda. O município oferece nessa noite à população e à caravana da prova o Concerto da Volta. O espectáculo de Ana Bacalhau tem entrada livre. A vocalista dos Deolinda, que se apresenta a solo, sobe ao palco na Praça Luís de Camões, junto à Sé da Guarda, às 22 horas. Após o espectáculo, a animação vai continuar noite fora no GIN GIBRE, espaço de diversão nocturna bem junto ao concerto.

volta2019logoNa terça-feira, 6 de agosto, Dia Descanso, respira-se o ar puro da Guarda e enquanto isso a cidade é invadida… pelos cicloturistas. São esperados cerca de mil participantes na Etapa da Volta Via Verde RTP, iniciativa que vai provocar grande impacto económico na região. A Etapa da Volta é uma das iniciativas paralelas à grande competição mais aguardada pela comunidade dos amantes das duas rodas. Este ano a partida está agendada para as 10h00 no Jardim José de Lemos (Largo General Humberto Delgado) na zona histórica. É o mesmo local que no dia anterior serve de final de etapa da Volta.

Esta jornada cicloturista terá uma distância aproximada de 70km, feitos em roda livre a partir do quilómetro 43. O percurso vai passar por alguns dos melhores cenários da região serrana. Após um início rolante, os atletas irão descer pelo Vale da Ribeira da Teixeira visitando a praia fluvial de Valhelhas, banhada pelo Rio Zêzere. A partir daí seguem-se as contagens de montanha até à meta. Todos os participantes terão o tempo de prova cronometrado através de chip e no fim serão publicados os registos de todos os atletas (com excepção dos participantes em bicicleta eléctrica). O evento termina com uma entrega de prémios no imponente pódio da Volta a Portugal.

As inscrições estão abertas até às 24 horas de 3 de agosto e podem ser efectuadas em www.volta-portugal.pt.Os participantes na Etapa da Volta Via Verde RTP podem, junto com a inscrição, adquirir o Equipamento Oficial (jersey e/ou calção) da edição de 2019.

A segunda fase da competição começa na quarta-feira, 7 de agosto, em Torre de Moncorvo, município que não recebe uma partida da Volta desde 1931 quando se correu a 2ª edição. Curiosamente essa etapa também terminou em Bragança como vai acontecer este ano. Desta vez a tirada tem 189,2km e também vai atravessar o nordeste transmontano terminando com uma longa recta de meta.

Esta viagem pelo mapa da 81ª Volta a Portugal Santander continua para Nordeste, rumo às Terras do Barroso. O início acontece em Bragança e segue com destino a Montalegre e à Serra do Larouco, a segunda mais alta de Portugal continental, que coincide com uma contagem de montanha de 1ª categoria. Antes de apreciar a vista, o pelotão tem de pedalar 156,2km.

Na oitava e antepenúltima etapa, os corredores saem de Viana do Castelo atravessando o Rio Lima pela Ponte Eiffel que no ano passado comemorou 140 anos. Até à meta no Monte de Stª Quitéria, em Felgueiras vão percorrer 156,6km. Este final é mais um regresso à Volta porque desde a edição 70 que o município felgueirense não recebia a prova. Em 2008 foi palco do Grande Final com um difícil “crono” que culminou precisamente no Monte de Stª Quitéria.

A ligação entre Fafe onde terminou a Volta de 2018 e Mondim de Basto com 133,5 km representa a etapa em linha mais curta deste ano mas nem por isso será menos exigente. Das cinco contagens de montanha três são de primeira categoria. A subida ao Monte Farinha, depois de atravessar o “mar de gente” de Mondim é sempre algo muito especial na Volta. Depois de treparem à Senhora da Graça serão muito poucos os que ainda aspiram ao triunfo. O cansaço acumulado dos últimos dias e o desgaste desta tirada vão provavelmente sentenciar parte da Volta.

volta2019logoA Avenida dos Aliados, centro nobre da cidade do Porto, está de regresso à competição 30 anos depois de receber a festa de um final de Volta a Portugal. Os resistentes do pelotão vão enfrentar nos derradeiros quilómetros de 2019 um fantástico contra-relógio com vista para o Douro e passagem na Ponte do Infante. Os ciclistas terão de fazer um esforço final de quase vinte quilómetros, 19,5 Km, entre Vila Nova de Gaia e o Porto antes de abrirem o champanhe nos Aliados.

As equipas presentes são as seguintes:

W52 / FC Porto (POR) Profissional

Sporting / Tavira (POR) Continental

Radio Popular / Boavista (POR) Continental

Efapel (POR) Continental

Aviludo-Louletano-Uli (POR) Continental

Vito-Feirense-BlackJack (POR) Continental

Ud Oliveirense Inoutbuild (POR) Continental

LA Aluminios (POR) Continental

Miranda – Mortágua (POR) Continental

Caja Rural – Seguros RGA (ESP) Profissional

Euskadi Basque Country – Murias (ESP)

Amore & Vita PRODIR (Letónia) Continental

Israel Cycling Academy (ISR) Profissional

Euskadi team (ESP) Continental

Sicasal Bai (Angola) Continental

Team Medellín (Colômbia) Continental

PROTOUCH (África do Sul) Continental

Evo Pro Racing (Irlanda) Continental

SRA (Suíça) Continental

Arkea Samsic (França) Profissional

Como referência indicam-se os nomes dos vencedores das cinco últimas provas:

2018 – Raúl Alarcón (W52-FC Porto)

2017 – Raúl Alarcón (W52-FC Porto)

2016 – Rui Vinhas (W52-FC Porto)

2015 – Gustavo Veloso (W52/Quinta da Lixa)

2014 – Gustavo Veloso (OFM/Quinta da Lixa)

Ainda que falte pouco mais de mês e meio para a competição, aqui ficam as primeiras novidades.

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