Quatro de ouro na “parede” da Fama Olímpica
A criação da “Fama Olímpica” numa parede, onde foram colocadas, pelos próprios campeões olímpicos (Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora), medalhões cor de ouro, recordando as medalhas por si conquistadas.
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Foi a grande novidade da comemoração do 102º aniversário do Comité Olímpico de Portugal.
Estes atletas e os respectivos treinadores (Moniz Pereira, José Pedrosa, João Campos e João Ganço) receberam diplomas alusivos a este acto, que se repetirá em próxima oportunidade em relação aos medalhados olímpicos de prata e bronze.
Tal como foi a distinção atribuída a Luís Santos, ex-presidente da Federação de Andebol de Portugal durante muitos anos e também primeiro presidente da Confederação do desporto de Portugal, a propósito da conquista do prémio atribuído pela Associação dos Comités Olímpicos Nacionais (ACNOE), sob proposta do COP, e que irá receber no final deste mês, na Rússia
No salão, repleto, da sua sede, ante grande parte da família olímpica e desportiva do país, o Comité Olímpico de Portugal juntou – ao fim da tarde desta quinta-feira, na sede do COP – duas festas numa única: a da comemoração do 102º aniversário da sua criação e o acto de distinção dos desportistas que, de acordo com o regulamento próprio, mereceram ser agraciados com os vários prémios instituídos anualmente.
Sendo que cada prémio tem objectivos diferenciados, coube ao ex-presidente da Fundação Portuguesa de Judo, António Aleixo, a principal distinção: a do Prémio Carreira Desportiva. Que corresponde ao trabalho que este dirigente desenvolveu nesta modalidade ao longo de vários anos.
A Ordem Olímpica – destinada a premiar carreiras desportivas de elevado nível e reconhecimento público – foi entregue a Alípio de Oliveira, ex-presidente da Federação Portuguesa de Hóquei e do COP.
Também de relevo, o Troféu Olímpico – atribuído apenas de quatro em quatro anos e que distingue pessoas colectivas que tenham tido uma actividade de excepcional relevo no fomento e desenvolvimento da prática desportiva – foi outorgado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
A Medalha Olímpica – que premeia o melhor atleta do ano, nas modalidades olímpicas – foi entregue a João Pina, bicampeão europeu de judo e que mereceu, em 2011, o pleno de prémios, dado que este foi o terceiro, depois de ter recebido o da Associação dos Jornalistas de Desporto / CNID e o da Confederação do Desporto de Portugal.
A Medalha de Mérito – galardoa os desportistas que tenham prestado serviços relevantes – destinou-se a Mário Palma, treinador de basquetebol, com Menções Honrosas para Nuno Mendes e Pedro Fraga, da Canoagem.
O Prémio Juventude – que premeia o atleta jovem de qualquer modalidade que mais se tenha evidenciado – foi entregue a Francisca Laia, da Canoagem, com Menções Honrosas para Gonçalo Bonnet (Patinagem) e Marta Santos (Judo).
O Prémio COI – Desporto e Responsabilidade Social, atribuído pelo Comité Olímpico Internacional, foi entregue à Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Este ano não foi entregue o Prémio Fair-Play for falta de actos dignos de o receber. O que quer dizer que, nesta área (fair-play, desportivismo, ética), estamos sem valores.
A sessão serviu ainda para o COP assinar protocolos de apoio financeiro com a EDP, a PT e a P&G Portugal – a que se juntarão outras a curto prazo – que garantirão o milhão de euros que o COP precisa para levar a Londres toda a comitiva nacional que, segundo Vicente Moura, será mais ou menos semelhante à que esteve em Pequim, há quatro anos, se bem que não falando em perspectivas de medalhas.
No seu discurso, positivo quanto ao futuro – tendo elogiado o actual governo pela pronta resposta aos problemas pendentes – Vicente Moura passou em revista o último ano de actividade salientando que “temos tido grandes dificuldades, face a algumas tentativas de interferência, de ordem política, que surgiram na actividade do Comité, mas que soubemos tornar socorrendo-nos do nosso código de valores, de ética e de valores”.