Segunda-feira 25 de Novembro de 6469

Um único português no Mundial de crosse

Atl-MundialCrosse-2019Rui Teixeira – campeão nacional da especialidade nos dois últimos anos – é o único atleta português a tomar parte no Mundial de Crosse, que este sábado se efectua na cidade dinamarquesa de Aarhus, o que se verifica pela segunda vez na história da presença lusa nesta competição, na qual Portugal está presente desde 1955, no então Crosse das Nações (que nasceu em 1903).

A segunda vez verificou-se em 2013, com a presença solitária de Carla Salomé Rocha.

Manuel Faria foi a estrela dessa altura, estreando-se com um 14º lugar e conseguindo, como melhor, dois quintos lugares (1956 e 1957), terminando a presença em 1959 (29º)

Este facto espelha a latente crise porque passa o meio fundo e fundo português, com Portugal a não aparecer, há largos anos, no pódio desta competição, onde apenas três atletas atingiram os primeiros três lugares, com destaque para o campeoníssimo Carlos Lopes a ser o rei de Portugal e do Mundo.

O atleta, oriundo do concelho de Viseu, estreou-se em 1973 (24º lugar) para, três anos depois, se tornar o primeiro campeão mundial, conquistando a prata em 1977.

O segundo atleta a chegar ao pódio foi Fernando Mamede (bronze em 1981), voltando Lopes – depois de um período de lesões, à ribalta em 1983, 1984 e 1985, para conquistar mais uma medalha de prata e duas de ouro, com que fechou a sua presença ao mais alto nível, no que foi o último atleta europeu a sagrar-se campeão mundial, a partir do qual – e até aos dias de hoje – foram os africanos (quenianos e etíopes) a dominarem a seu bel-prazer.

Em 1999, Paulo Guerra ainda conseguiu chegar ao bronze mas nunca mais houve portugueses no pódio, em termos individuais.

No entanto, em termos colectivos, Portugal ganhou quatro medalhas de bronze (1984, 1993, 1999 e 2000).

Entretanto, no sector feminino – graças a Rosa Mota, Aurora Cunha, Albertina Machado, Albertina Dias, Conceição Ferreira e Fernanda Ribeiro – Portugal foi somando (entre 1981 e 2010) posições de relevo, com a tripla de Albertina Dias (ouro, prata e bronze) a salientar-se.

Chegados aos dias de hoje, Portugal volta a estar representado por um único atleta, que não terá grandes hipóteses de brilhar, porquanto os quenianos e etíopes vão tomar a liderança nas várias provas, tendo ainda em consideração que a presença de neve e frio prejudique uma boa mão cheia de atletas de vários países, em especial onde a temperatura actual é mais moderada, quente até.

Pelo que Rui Teixeira (que foi 123º em 2007, na estreia) terá grandes dificuldades, porque só, para enfrentar as duras condições do percurso.

 

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