A dois minutos do final do tempo regulamentar, Grimaldo ajudou o Benfica a amealhar mais dois milhões e setecentos mil euros (o total a receber nesta fase de grupos está muito perto dos cinquenta milhões) com o golo obtido e que fez com que os benfiquistas saíssem de bem com a equipa, apesar da exibição não ter sido tão boa como o resultado financeiro.
Na marcação de um livre directo perto da linha limite da grande área dos gregos, Grimaldo rematou com o pé esquerdo, em arco, para o poste mais perto do local em que chutou, levando o guarda-redes Barkas a partir para esse lado mas a chegar atrasado, porquanto não completou o movimento, ficando como mero espectador a ver a bola a entrar sem apelo nem agravo.
Benfica que teve, um minuto depois do golo, uma oportunidade soberana para elevar a vantagem, quando Seferovic – que tentou várias vezes – lançou outro “petardo” que levou a bola a bater na trave e na barra e bater no chão fora da linha de baliza, no que podia ter sido outro golo monumental.
Se estes dois minutos foram os mais importantes do jogo, especialmente para o Benfica, a verdade é que a primeira parte como que passou a contar-se o número de cantos e de livres que as duas equipas conquistaram, com larga maioria para o Benfica, tal a falta de remates para as balizas, com os gregos a fecharem bem todos os “canais de comunicação” dos jogadores da casa, enquanto os da Luz também não conseguiram criar verdadeiro perigo junto da baliza de Barkas durante quase toda a primeira parte.
O primeiro lance que podia criar perigo surgiu (43’) na sequência da marcação do 8º canto para o Benfica, quando Jardel cabeceou para a baliza mas fê-lo muito por alto seguindo-se, logo a seguir, Seferovic a ficar isolado frente ao guarda-redes e atirar ao lado do poste. Com dois minutos para além dos 45 iniciais, Klonaridis fez o primeiro remate dos gregos à baliza de Vlachodimos mas a bola saiu ao lado.
No segundo tempo, o Benfica entrou mais pressionante mas foi o AEK a, no seguimento de um canto, ficar perto de marcar não fora Cosic ter cabeceado a rasar o poste contrário.
Cervi (64’), que tinha entrado cinco minutos antes para o lugar de Pizzi, ensaiou mais um ataque, lançando a bola para Seferovic que rematou forte para o guarda-redes grego defender a dois tempos.
Seferovic esteve outra vez (70’) muito perto de marcar, mas o cabeceamento levou a bola para a barra e perdeu-se a oportunidade de golo.
Dois minutos depois, numa combinação Gedson e Grimaldo não conseguir rematar para golo, com o último a atirar à figura do guardião grego.
Logo a seguir (73’), Cervi, na marcação de um livre fora a grande área mandou a bola para as nuvens e Gedson (79’), apenas frente ao guarda-redes, rematou medianamente (tentou fazer um chapéu) e a boa foi para cantos, “raspando” ainda no dono da baliza dos gregos.
E chegou o minuto 88. O da consagração – desportiva e financeira, esta em especial – quando Grimaldo, na superior marcação do livre directo, perto da linha da grande área, levou a bola ao fundo das redes de um Barkas algo apático e inerte.
No seguimento do golo, o técnico do AEK exaltou-se e foi expulso pelo árbitro e chegou-se ao minuto 89 quando Seferovic teve o “azar” de ver a bola bater na trave e no poste e não entrar. Que grande “galo”!
Nos complementares quatro minutos nada de especial se passou e o Benfica seguiu para os dezasseis-avos da Liga Europa, onde também estará o Sporting, aguardando-se o resultado do sorteio, que terá lugar ainda esta semana.
Bem longe de encher (o Benfica já estava qualificado para a Liga Europa), ainda assim estiveram na Luz cerca de 37.000 pessoas
Sob a direcção do escocês Bobby Madden (assistido por Alastair Mather e Sean Carr), que fez um trabalho sem grandes problemas e que mostrou apenas quatro cartões amarelos, as equipas alinharam:
Benfica – Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Pizzi (Cerci, 59’), Alfa Semedo e Gedson; Rafa (por lesão, substituído por Zivkovic, 35’), Seferovic e João Félix (Castillo, 77’)
AEK Atenas – Barkas; Bakakis, Oikonomou, Chygrynskiy e Hult; Galanipoulos, Cosic e Moran (Galo, 77’); Klonaridis (Gianniotas, 61’), Ponce e Boye (Mantalos, 68’).
Amarelo para Rúben Dias (37’), Hult (73’), Galanopoulos (82 e 87’, seguido de vermelho).