Começou da melhor forma a presença portuguesa no 14º Campeonato do Mundo de Natação em piscina curta (25 metros), que esta terça-feira deu as primeiras braçadas na cidade chinesa de Hangzhou.
Gabriel Lopes bateu o recorde dos 100 metros costas, com 51,48, menos vinte centésimos do anterior que já lhe pertencia, que correspondeu ao 17º lugar, ficando a centésimos do 16º lugar, que daria a presença na meia-final – em prova cuja final se realizará esta quarta-feira.
Miguel Nascimento, que abriu os campeonatos, nos 400 livres com um 17.º lugar (3.44,79) entre 41 inscritos, voltou à piscina para fazer o primeiro percurso da estafeta da selecção de Portugal de 4×100 livres. O benfiquista esteve em excelente nível superando o recorde nacional absoluto dos 100 livres com 47,61 segundos, um máximo que pertencia a Alexandre Agostinho (47,64) desde 2009 em Istambul.
Um quarteto (Miguel Nascimento (47,61, recorde), Gabriel Lopes (48,14), Diogo Carvalho (50,33) e Alexis Santos (49,48), que acabaria por bater um recorde nacional absoluto ao assegurar o 10.º lugar nos 4×100 livres (3.15,56) O anterior máximo dos 4×100 livres de selecções (3.18,23) era de Tiago Venâncio, Miguel Pires, Adriano Niz e João Araújo a 5 de abril de 2006 em Xangai.
Referência para Diogo Carvalho e Alexis Santos nos 200 estilos. O nadador do Galitos foi 10.º (1.54,34) próximo do seu recorde nacional de 1.53,45 entre 43 inscritos. O apuramento para a final fechou a 1.53,69.
Por seu lado, Alexis Santos (Sporting) foi 13.º com 1.54,71, melhorando o seu recorde pessoal (1.54,85).
No feminino, Diana Durães foi 23.ª nos 200 livres com 1.59,30 minutos – a medalha de ouro foi conquistada pela australiana Ariane Titmus, com 1.51.38 – entre 56 inscritas a menos de um segundo do seu recorde nacional (1.58,62). A benfiquista voltou à piscina para nadar os 400 estilos onde registou 4.39,81 (20.º lugar), numa prova em que a sua colega de equipa, Vitória Kaminskaya foi 17.ª (4.38,49), entre 30 inscritas. O apuramento para a final fechou nos 4.31.13.
Para Gabriel Lopes, “o objectivo da minha participação no Mundial era bater recordes pessoais e depois tudo o que viesse era bem-vindo. Como o recorde nacional já era meu… foi óptimo superar este máximo. Claro que o 17.º lugar nos 100 costas provou que o sonho de chegar às meias-finais era possível pelo que fica sempre um sabor amargo apesar de estar satisfeito com este meu primeiro dia. O objetivo agora a é a participação nos 50 e 200 costas.”
Miguel Nascimento, por seu lado, salientou que “nos 400 livres esperava fazer melhor. Acabei por nadar muito atrás, seguindo nadadores mais recuados. Quando reagi já foi tarde para poder recuperar. Ainda assim fiz o meu segundo melhor tempo o que acaba por ser um bom indicador tendo em conta que a obtenção de recordes nacionais é um objectivo”.
“Quanto ao recorde nacional – contou Miguel ao site da Federação Portuguesa da modalidade – obtido nos primeiros 100 livres da estafeta, era um objectivo também tendo em conta que pertencia a um nadador que admiro e que era meu ídolo, o Alexandre Agostinho, o actual presidente da Associação do Algarve”, tendo acrescentado ainda que “a nossa participação na estafeta, porque nos envolvemos muito neste objetivo e porque o Diogo Carvalho e Alexis Santos tiveram de competir com pouco recuperação. O objectivo será continuar a melhor mas sempre um dia de cada vez procurando recuperar o melhor possível para me apresentar bem em todas as provas que faltam disputar.”
Esta quarta-feira entrarão na piscina Miguel Nascimento (200 livres), Ana Monteiro (200 mariposa) e Tamila Holub e Diana Durães (800 livres).