Uma descontracção ou desconcentração momentânea levou Coates a criar o erro que deu origem ao único golo do desafio e para o Arsenal, porquanto o avançado britânico Welbeck aproveitou da melhor maneira o passe que o central sportinguista fez para trás, correu três passos e “rasgou” a baliza sportinguista com um potente remate que Renan não conseguiu suster.
Mais grave porque foi aos 77’ minutos, a treze do final da partida, numa altura em que toda a gente pensava no empate, uma vez que em termos de jogo jogado ninguém tinha merecido vencer pese embora o guardião sportinguista (Renan) tenha tido muito mais trabalho, “safando” um ou dois remates cuja bola levava selo de golo.
Com uma casa bem preenchida (40.784 espectadores), que brilharam durante toda a partida, com nítido pendor para as cores leoninas, como seria de esperar.
Como lhe competia, o Sporting foi para a frente, ganhou um pontapé de canto e conseguiu controlar o jogo do Arsenal, aliás numa partida em que o objectivo principal para as duas formações seria o empate.
Foi isso que o Arsenal fez – até demais, porque foi bafejado pela sorte do azar de Coares – ao longo da primeira parte em que as oportunidades de golo quase foram nulas, se bem que Renan teve de empregar-se a fundo para resolver algumas situações que podiam ter dado golo não fosse a sua intervenção decidida (23’) a soco que afastou a bola da zona perigosa.
Nani (36’) “fez-se” a uma grande penalidade que pareceu não ter existido porque mal caiu levantou-se logo, no que foi o “resultado” (empate) de uma primeira parte praticamente jogada nos dois meios campos sem grandes jogadas de perigo eminente.
Ristovski foi obrigado a sair, por lesão (43’) mas acabou por não ser substituído porque a bola não parou até aos 45’ quando o árbitro apitou para o descanso.
No segundo tempo, o Sporting ainda beneficiou de um livre que não teve consequências, respondendo o Arsenal por Aubameyang (48’) que obrigou Renan a uma grande defesa para canto. No minuto seguinte, o mesmo jogador voltou a isolar-se, caminhou para a área sportinguista e forçou mais uma grande defesa de Renan, numa altura em que o Sporting quebrou e os britânicos aproveitaram para tentar marcar, ainda que sem êxito.
O Sporting estava na mesma linha e Gudeljp (65’) rematou forte para defesa do guardião forasteiro mas o Arsenal respondeu muito bem, fazendo a bola entrar na baliza de Renan, mas num lance que foi anulado pelo árbitro porque o avançado Welbeck fez falta sobre Renan.
Os britânicos estavam “assanhados” e voltaram a estar à beira de marcar. Primeiro (71’), Welbeck, num livre frontal, obrigou Renan a uma grande defesa para canto, seguindo-se outra defesa, na sequência do canto, todo estirado para evitar que a bola fosse de novo para canto, mas “esticou-se” de mais e teve que ser assistido pela equipa médica o Sporting.
Face à pressão britânica, Coates (77’), sem reparar que tinha um adversário por perto, fez um atraso para Renan, mas com a bola muito devagar e ficou parado, o que aproveitou Welbeck para captar a bola, isolar-se e rematar forte sem defesa para um Renan incrédulo com a falha do colega de equipa.
Quase em desespero, Nani ainda teve tempo para tentar o golo mas o guardião britânico defendeu e o árbitro deu cinco minutos para além do tempo normal, onde nada se passou a não ser a confirmação da derrota do Sporting, quando o menos mau seria o empate.
Com este triunfo, o Arsenal isolou-se (9 pontos) no topo da classificação, ficando o Sporting com 6, seguindo-se o Vorskla (3) – que venceu (1-0) o Karabakh, este ainda com zero pontos.
Na próxima ronda (8 de Novembro), primeira da segunda volta, o Sporting vai defrontar o Arsenal em Inglaterra, enquanto Vorskla joga de novo, agora no eu campo, com o Karabakh.
Sob a direcção do árbitro esloveno Damir Skomina, que teve um trabalho positivo pese um ou outro erro mas que não influiu no resultado que se verificou no final (grande penalidade pedida por Nani não tinha razão de ser) – e o pedido de vermelho para o central britânico também não foi caso para isso – as equipas alinharam:
Sporting – Renan; Ristovski (Bruno Gaspar, 46’, por lesão, André Pinto, Coates e Acuña; Battaglia, Petrovic e Gudelj (Jovane Cabral, 86’); Nani (Diaby, 87’), Montero e Bruno Fernandes.
Arsenal – Leno; Lichtsteiner, Papastathopoulos, Holding e Xhaka; Elneny (Torreira, 57’), Guendouzi e Ramsey; Mkhitaryan, Aubameyang (Iwobi, 86’) e Welbeck (Lacazette, 80’).
Disciplina: cartões amarelos para Acuña (38’), Holding (46’), Mkhitaryan (51’), Coates (70’), Jovane Cabral (90+1’) e Battaglia (90+2’)