Não converter uma grande penalidade num jogo de tamanha responsabilidade, mais a mais sendo português e jogando com uma equipa lusa, por certo que Semedo (Lokomotiv) não vai ter uma noite sossegada, nesta quarta-feira, porquanto, quinze minutos depois, outro jogador português (Éder) provocou uma grande penalidade que levou ao primeiro golo por parte do F. C. do Porto, o tónico que os portistas precisaram para começar a tomar conta do jogo.
Teve azar o Lokomotiv e sorte o F. C. do Porto? Parece não haver dúvidas.
Semedo denunciou a direcção do remate, a meia altura, ainda por cima de média potência, contra um remate, raso, com a bola a levar “lume” tal a potência que Marega “implementou”.
E o árbitro também merece o destaque porque viu, só, as duas grandes penalidades como que tivesse um olho de lince, porquanto no primeiro o toque desequilibrador foi dentro da grande área e, no segundo, no meio de tanta gente na área dos russos conseguiu ver a “gravata” feita por Éder sobre Felipe.
A partir daqui, o F. C.do Porto começou a construir a vitória, perfeitamente justa, com um domínio predominantemente forte dos portistas (68/32 % de posse de bola na primeira parte, que se fixou em 62/38% no final dos 90 e mais uns minutos de compensação).
Aos 35’ o Porto, por via da referida superioridade, chegou ao 2-0, com um golo marcado por Herrera, que o melhor seguimento, de cabeça, metendo a bola na baliza, de um cruzamento feito por Corona.
Mas o “perigo” está sempre à espreita. Várias hesitações da linha média e da defesa portista, deixaram Miranchuk na frente de Casillas e (38’) reduziu para 1-2, não se modificando o resultado até ao intervalo.
No segundo tempo, o Porto voltou a entrar “para decidir de vez o jogo” e (47’) elevou para 3-1, depois de um passe longo, bem delineado por Brahima, que levou a bola para a extrema-direita onde surgiu Corona lançado, deu mais um passo e deferiu um potente remate, cruzado, que o guarda-redes russo nem teve tempo de se mexer.
Bem se pode dizer que de quatro remates à baliza o Benfica meteu três golos, o que foi excelente, ficando-se por aqui apesar de Éder (em posição de fora de jogo) ter colocado a bola dentro da baliza de Casillas, aviso idêntico que foi “feito” (66’) por Miranchuk, que rematou de ângulo apertado, em relação à baliza de Casillas que, “in extremis” desviou para canto.
Brahimi tentou a sorte (72’) mas o remate levou a bola para fora da baliza.
No jogo, apesar dos amarelos mostrados, não se pode dizer que tivesse havido indisciplina demasiada, porquanto “qb”, e o Porto saíu vencedor, que era o mais importante para as cores nacionais.
O clube de Sérgio Conceição, no final da primeira volta nesta fase de grupos, mantém a liderança do grupo D da Liga dos Campeões, somando 7 pontos contra 5 do Schalke e 4 do Galatasaray. O Lokomotiv é o quarto e ultimo, com zero pontos.
Os próximos jogos deste grupo (segunda volta) estão marcados para 28 de Novembro com os portistas a receberem o Schalk04 (no Dragão), terminando a fase de grupos no dia 11 de Dezembro.