Bem se pode dizer que o Sporting se limitou a vencer – e isso era (e foi) o mais importante – porquanto a exibição foi de nível médio, suficiente para um Marítimo ainda com menor rendimento, bem longe de outras exibições.
Nos leões os “exemplos” que não pegaram parecem continuar a manter-se (ou aumentar), dado que Jovane – o jovem que, antes, apenas tinha entrado em dois jogos e para resolver com dois golos – jogou 77’, a maior parte do tempo “agarrado” à bola, uma espécie de “dono da bola” tal Gelson ou mesmo Bruno Fernandes, ainda que este, frente aos madeirenses, continuasse a não render aquilo que deveria, corroborando a entrevista que deu a confirmá-lo.
Como uma conduta ofensiva, como se esperava – para tentar “aliviar as dores” sentidas em Braga – é verdade que os leões atacaram e remataram mais mas apenas duas vezes conseguiram marcar, o que era preciso para ganhar.
Na única jogada corrida (10’), a bola é lançada em profundidade para Raphinha, que se esgueirou ao último defesa e surgiu isolado frente ao guarda-redes, que não teve outro remédio de travá-lo com as mãos, originando a grande penalidade que redundou no 1-0 (12’), bem marcado por Bruno Fernandes, fazendo como que uma “meia paradinha”, que levou o guarda-redes para o lado contrário por onde a bola entrou.
O Sporting continua na senda atacante mas Monteiro (20’) atirou por cima da barra mas, pouco tempo depois, encontrou o caminho para o segundo golo (35’), na sequência de um livre sobre a direita, marcado por Raphinha (falta cometida sobre Jovane), com a bola a ser desviada pela defesa maritimista mas ficando perto da linha de golo, tendo o número 10 sportinguista empurrado a redondinha para o fundo da baliza, porque não tinha ninguém a tapar-lhe o caminho.
Feito o 2-0, o ritmo continuou em “lume brando”, apenas se salientando a hipótese de golo para o Marítimo, depois de Ristovski falhar a intervenção e a bola chegar a Barrera, que centrou junto à linha de cabeceira, passando a bola em frente da baliza de Salin e perdeu-se pelo lado contrário.
No segundo tempo, com a vantagem de dois golos, os leões mantiveram-se relativamente calmos, até porque o Marítimo também não dava muita luta.
Acuña (48’) disparou forte fora da área, cruzado, mas a bola foi sair ao lado do poste mais longe, prosseguindo o jogo com um remate de Rodrigo Pinho que obrigou Salin a esticar-se e segurar o esférico.
Marítimo que viu (54’) Jorge Correia a rematar forte mas ao lado da baliza de Salin, enquanto Raphinha voltou a isolar-se e centrar da direita para o centro da área, onde Montero não chegou a tempo.
O 3-0 esteve perto quando (64’) Ristovski rematou forte para o guarda-redes do Marítimo defender ao segundo toque, tendo o resto do jogo sido jogado a um ritmo morno, ainda que com o predomínio de remates para os leões, se bem que o resultado não se alterasse até final, com José Peseiro a não perder pontos para o Porto (agora com 15) e o Benfica (com 14), enquanto o Braga (13) joga na tarde deste domingo.
Em Alvalade estiveram 35.238 espectadores e as equipas – dirigidas pelo árbitro Nuno Almeida e assistido por Paulo Ramos e Rui Cidade, sem problemas de maior – alinharam do seguinte modo:
Sporting – Salin; Ristovski, Coates, A. Pinto e Acuña; Gudelj e Petrovic; Jovane (Misic, 77’), Bruno Fernandes e Raphinha (Mané, 90’); Montero (Diaby (86’).
Marítimo – Abedzadeh; Bebeto, M. Silva, Zainadine e China; Correa, Fabrício, Cleber e Barrera (Tagueu, 78’); Danny (Edgar Costa, 66’) e R. Pinho.
Cartões amarelos: Zainadine (5’), Abedzadeh (10’), Gudelj (16’), A. Pinto (32’) e Bebeto (71’)