Foi com este mote que o Comité Paralímpico de Portugal (CPP) comemorou o 10º aniversário da sua curta vida – mas recheada de conquistas e êxitos de grande impacte nacional e internacional – e distinguiu vinte e uma personalidades, entre as quais três membros que muito tem trabalhado desde a fundação.
José Manuel Lourenço, presidente do CPP, passou em revista os êxitos alcançados durante este ano, com relevo para as 17 medalhas conquistadas no europeu de atletismo (Berlim), mas também deu nota das melhorias no que se refere ao apoio prestado pelo governo, quer no que refere ao destinado às actividades a desenvolver no presente ciclo olímpico, como elogiou o facto de terem sido equiparadas as bolsas destinadas aos atletas paralímpicos e olímpicos.
Salientou também que se torna necessário angariar mais cidadãos portadores de deficiência para que aumente o leque de praticantes e, com isso, baixar a média de idade dos representantes nos Jogos Paralímpicos que, em 2016 (Rio de Janeiro) foi de 34 anos, tendo dito ainda que, pelo que se tem verificado nestes últimos tempos, “estamos no bom caminho para que isso possa acontecer nos Jogos de Tóquio’2020”.
O CPP, na passagem do primeiro decénio, distinguiu as Associações Nacionais que foram as fundadoras do CPP.
O representante do Comité Paralímpico Internacional (IPC), teceu comentários elogiosos à excelência do trabalho desenvolvido pelo CPP, dentro do que é, também, a orientação internacional.
Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação, afirmou que “hoje celebramos o respeito, a admiração, o trabalho e a tenacidade do que foi feito ao longo destes primeiros dez anos de vida”, tendo recordado a primeira aproximação que fez ao desporto olímpico quando dos Jogos de Barcelona (1992), onde criou um espírito que, nas funções que ora desempenha, assumem um papel de perceber e entender o desporto paralímpico de hoje.
Aproveitou para recordar que está a decorrer (até dia 30) a Semana Europeia do Desporto – projecto criado pela União Europeia – que tem tido uma adesão cada vez maior de ano para ano, especificando o papel dos 300 mil alunos que participam no desporto escolar, que considerou como “um factor de inclusão e coesão social e territorial”
Frisou que “o apoio ao CPP foi aumentado substancialmente para este ciclo olímpico, na ordem dos 80% em relação a 2016-Rio de Janeiro, pelo que penso estarem reunidas as condições para se trabalhar bem”.
Concluiu afirmando que “a família paralímpica é um notável exemplo para a sociedade portuguesa.”
As entidades distinguidas foram Leonor Moniz Pereira, que tem sido um apoio importante na Comissão Científica do CPP; Raúl Cândido, um dos homens que tem feito uma vida (extraordinária) no desporto para pessoas com deficiência ainda antes da criação do CPP; e o médico José Pavoeiro, também um colaborador de há muitos anos, que receberam o prémio “Inclusão pelo Desporto”.
Os atletas Hélder Mestre (T51/52) e Manuel Mendes (T45/46) receberam Menções Honrosas e as “Medalhas de Mérito” foram atribuídas a Ivo Rocha, Marco Meneses, Susana Veiga, Daniel Videira, David Crachat, Carlos Freitas, Maria Graça Fernandes, Érica Gomes, Maria Odete Fiúza, Miguel Monteiro, Carina Paim, Cristiano Pereira, Mário Trindade, Luís Gonçalves, Carolina Duarte e Sandro Baessa.
Os mais medalhados foram Luís Gonçalves (ouro, prata e bronze no europeu de atletismo 2018), Carolina Duarte (ouro e duas pratas, no europeu de atletismo) e Sandro Baessa (duas de ouro).
Uma cerimónia simples mas com grande significado para a família Paralímpica.
Todos o anseiam!
