Domingo 24 de Novembro de 8875

Dulce, Jéssica e Sara na Vodafone Meia Maratona de Lisboa

Oradores com t-shirtA cerca de um mês da realização (14 de Outubro), a organização da Vodafone Meia Maratona de Lisboa tem garantida a presença de mais de 17.000 inscritos para os 21.097 metros, prova que se se iniciará a meio do tabuleiro da Ponte Vasco da Gama e terminará na Praça do Comércio, a sala de visitas de Portugal depois de ter sido o ponto de partida dos marinheiros portugueses à procura de novos mares e locais, há 500 anos.

Referência especial para a participação do trio mais representativo do atletismo feminino português aquém e além-fronteiras, numa altura em que os Jogos Olímpicos de Tóquio vão entrar em fase de preparação para obtenção dos correspondentes mínimos de participação, como são os casos das maratonistas Jessica Augusto (1.09.08 como recorde pessoal), Sara Moreira (1.09.18 – que venceu o ano passado) e, em especial, Dulce Félix (ainda sem registo nesta distância), esta última que regressa à actividade após a maternidade.

Não tanto para se baterem com a favorita Rose Chelimo (Bahrain), a campeã mundial no ano passado, em Londres e que, há duas semanas, se sagrou campeã asiática, atleta que tem um registo de 1.08.08 e que venceu esta prova em 2015.

A queniana Filomena Cheyech Daniel (4ª no mundial de Londres) e a israelita Lonah Chemtai Salpeter, campeã europeia dos 10.000 metros em Berlim, este ano, são outras candidatas ao pódio, entre um “pelotão” de uma dezena de atletas estrangeiras.

Na competição masculina, o principal candidato é o eritreu Zersenay Tadese, o recordista mundial (58.23), que obteve em Lisboa anos atrás (2010) e que regressa para se estrear neste percurso da Ponte Vasco da Gama, que será quase todo plano em mais de metade da distância, com o senão de os atletas terem que subir até ao Marquês de Pombal e depois descerem para a Praça do Comércio, onde está colocada a chegada.

O seu compatriota Amanuel Mesel (1.00.10) e o queniano Japhet Korir (1.00.09) são os IPDJ, Eduarda Marques_newprincipais adversários entre a dezena de estrangeiros que se juntam, pontificando ainda os portugueses Samuel Barata (vencedor o ano passado).

O programa integra ainda CTT Wheelchair Racing para os atletas em cadeira de rodas, onde estarão presentes os melhores do mundo, como os espanhois Jordi Madera (43.52 como melhor registo pessoal), na categoria de T54, e Santiago Sanz (54.12), na categoria de T52.

Nos portugueses, destaque para Hélder Mestre (T51), recordista mundial com 1.08.21, e Alexandrino Silva (T54) vencedor da ediçºao do ano passado.

No feminino, destaque para a holandesa Margriet Van Den Broek (T53/54), com o registo pessoal de 53.39.

“Sendo o segundo evento de maior impacto que se efectua em Lisboa, depois da Volvo Ocean Race” – referiu Carlos Móia, o presidente do Maratona Clube de Portugal que organiza – “seria bom que pudéssemos ter apoios mais alargados mas a verdade é que as dificuldades são cada vez maiores”, salientou.

Por outro lado “a recessão nos resultados, cada vez mais longe dos que se faziam anos atrás” –continuou Móia – “leva-nos a não haver atletas que consigam bater os recordes mundiais em vigor, porquanto a questão do doping começou a estreitar os caminhos dos batoteiros, sendo que, hoje em dia, mais de 60% dos atletas da Etiópia e do Quénia, são apanhados nas malhas do controlo”.

Ainda assim, Móia espera um conjunto de bons resultados quer na prova masculina quer na feminina.

As inscrições continuam abertas pelo que se admite que o número de participantes possa chegar a cerca de 20.000, o que é excelente.

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