Se bem que ainda haja sete atletas e duas estafetas em competição neste europeu de Berlim’2018, tudo pode acontecer nos dois dias que faltam para concluir o 23º campeonato continental.
Se Nélson Évora e Marta Pen tivessem dado indicações (até pelos resultados obtidos por todos os finalistas) positivas, nem por isso se pode pensar em medalhas. Hipótese há sempre. Falta o resto.
Também é o que se pode dizer da marchadora Ana Cabecinha, a melhor portuguesa nos 20 km, mas que este ano tem andado algo arredada da “fama”, o que poderá ser ultrapassado em mais uma presença no europeu, o que se verificará este sábado n a primeira prova do programa, pelas 8h05 da manhã, em Portugal.
Ana parte com a marca pessoal de 1.27,46 (2017) e com 1.29.41 (2018), tempos que apenas servem como referência para o que vier a acontecer.
Com Ana Cabecinha estará a jovem Edna Barros, que tem como melhor 1.35.03 deste ano.
Pelo que se poderá deixar aqui o grito de “toca a marchar para ganhar”.
Antes de abordarmos as finais deste sábado, pode afirmar-se que esta sexta-feira a situação esteve muito boa para Portugal porquanto Marta Pen (1.500 metros) e Nelson Évora (triplo) lograram o apuramento para a final, que terá lugar no domingo.
Marta obteve o nono tempo na meia-final (4.09,40) e Nelson chegou aos 16,62 (6º lugar no apuramento), apenas com um salto válido, o que é positivo.
No Heptatlo, Lecabela Quaresma terminou na 16ª posição (categoria de meia-finalista), entre as 22 presentes, com 5.950 pontos, bem longe dos 6.174 (recorde pessoal de 2017) mas batendo os 5.901 feitos em 2018. As marcas alcançadas em cada prova foram as seguintes: 14,19 nos 100 barreiras, 1,77 em altura, 13,64 no peso, 25,61 nos 200 metros, 6,10 no comprimento, 39,27 no dardo e 2.14,70 nos 800 metros.
Diogo Ferreira começou o salto com vara com 5,36, tentando depois 5,51, o que não conseguiu e ficou no 25º lugar dos 36 presentes.
Lorene Bazolo cumpriu a eliminatória dos 200 metros com 23,60 (10ª entre as cerca de três dezenas de inscritas), tendo garantido a presença na meia-final, que concluiu com o tempo de 23,80 (22ª entre as 24 presentes).
A estafeta de 4×400 (feminina) obteve o 12º lugar na primeira de apuramento, com 3.33, melhor Dorothé Évora.
Por último, o super-velocista Ricardo dos Santos a final dos 400 metros em 7º lugar, com o excelente tempo de 45,78, dentro da bitola que habitou quem acompanhou as três corridas, que começou por bater o recorde nacional a 45,55 na primeira ronda; na meia-final voltou a melhorar o recorde nacional para 45,14 e acabou a final em 45,78. Excelente performance para Ricardo dos Santos e para Portugal, porque foi a primeira vez que um português se apurou para a final desta prova.
Para este sábado, penúltimo dia dos europeus de Berlim, das finalistas nos 20 km marcha, Evelise Veiga (19h05) estará na final do salto em comprimento com um 6,61 que pode ser repetido pela terceira vez, seguindo-se Irina Rodrigues e Liliana Cá na final do disco (19h20). Resta aguardar pelo bom desempenho dos nossos representantes.
Em termos de medalhas e até ao final desta sexta-feira, a Alemanha passou para a frente, com 13 medalhas (3 de ouro, seis de prata e 4 de bronze), seguida da G. Bretanha, com 9 (3-3-3), Polónia, com seis (3-3-0) e Grécia e França, ambas com 4 (3-1-0). Portugal está no grupo dos 13ºs entre vinte e cinco países medalhados.
Nos europeus gerais, a Rússia foi ultrapassada pela G. Bretanha, em número de medalhas (55-54), mas segue na frente porque tem muitas mais de ouro (26) do que as britânicas (19). A Rússia soma ainda 16 de prata e 12 de bronze, enquanto a G. Bretanha tem mais 19 de prata e 17 de bronze. Terceira posição para a Holanda, com 32 (12-11-10), seguindo-se a França, com 29 (12-10-7) e a Itália, com 51 (11-16-24). Portugal é 19º, com a medalha de ouro da marchadora
Inês Henriques e as pratas de Rui e Ivo Oliveira (ciclismo).