Quinta-feira 24 de Novembro de 5340

Nelson Évora o melhor português

NelsonEvora_1Não foi o “salvador da Pátria” – porque não conseguiu a desejada medalha para a formação lusa – mas acabou por ser o melhor português neste mundial de Daegu, que hoje terminou, ao obter um excelente quinto lugar no triplo-salto, com o registo de 17,35, logo ao primeiro ensaio, o que acalentou toda a comitiva para que, afinal, pudesse entrar no pódio.

Assim não aconteceu. Quiçá por este salto inicial ter sido tão bom, o seu melhor este ano, Nelson terá pensado que, afinal, podia chegar ao top’3. Esse factor terá criado alguma pressão com a qual não consegui lidar, o que foi visível nos saltos seguintes (sempre a piorar): 16,80, 16,63 e 16,18. Dar a “volta” a isto, foi impossível apesar da melhoria nos dois últimos saltos: 16,57 e 16,95. Mesmo assim, muito bom face a uma “turbulenta” época. Londres é já é amanhã. O vencedor foi o norte-americano Christian Taylor (17,96) que “chutou”, nos últimos ensaios, o britânico Phillips Iodwu para a medalha de prata.

Nos 4×100 metros, a prestação da equipa portuguesa (Arnaldo Abrantes, Ricardo Monteiro, João Ferreira e Yazaldes Nascimento) foi excelente, porque obteve o segundo melhor tempo de todos os tempos, que correspondeu ao 15º lugar (39,09) entre as 25 participantes. E o apuramento, para a final, apesar do Brasil (desclassificado) ter atrapalhado, esteve sempre longe. Basta verificar que a oitava equipa que esteve na final foi apurada com 38,47.

De salientar o recorde mundial (o único) alcançado pela estafeta de 4×100 metros da Jamaica (37,04), um vencedor inesperado, pese embora sem contar com a luta de Estados Unidos e Grã-Bretanha, desqualificados.

Outros campeões deste nono e último dia: Maratona, Abel Kirui (Quénia), 2.07,38; Martelo – Tatyana Lysenko (Rússia), 77,13; 5.000 m – Mohamed Farah (G. Bretanha), 13.23,36; 800 m – Mariya Savinova (Rússia), 1.55,87; 4×100 m – Estados Unidos, 41,56 (Feminino).

Concluído o campeonato, como se esperava, os Estados Unidos dominaram em toda a linha, no que se traduz numa recuperação após um hiato mais ou menos longo. Nas medalhas, conquistaram 25 (12 de ouro, 8 de prata, 5 de bronze), seguido da Rússia, 19 (9-4-6), Quénia, 17 (7-6-4), Jamaica, 9 (4-4-1) e Alemanha, 7 (3-3-1). G. Bretanha ficou a seguir, com 7 (2-4-1), com 40 países a chegaram às medalhas.

Nos pontos, os norte-americanos somaram 251, à frente da Rússia (201), Quénia (174), Jamaica (101), Alemanha (83), G. Bretanha (70), Etiópia (66) e China (61). Portugal voltou a subir (face ao 5º lugar de Évora) e fixou-se no 24º lugar, com 13, igual ao Brasil, onde 66 países foram pontuados entre os 200 participantes.

Face à previsão aqui feita em relação aos resultados que os atletas portugueses poderiam conquistar em Daegu, só falhámos no número de medalhas: tínhamos previsto uma ou duas, mas não houve. Registaram-se cinco resultados entre os finalistas e acertámos (previmos 4 a 6); nos semi-finalistas, chegámos aos 10 para uma previsão de 10 a 12. Em cheio.

Um saldo que é muito positivo porquanto Portugal colocou 15 atletas nos 16 primeiros, numa comitiva composta por 21 atletas em provas individuais.

 

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