Presente, esta manhã, na final dos 3.000 metros obstáculos, Sara Moreira terminou no 12º, com o tempo de 9.47,87, a onze segundos do seu registo feito na meia-final, ficando a sensação de que poderia ter subido mais um pouco na classificação.
Isto porque as quenianas e etíopes ficaram longe do que se poderia esperar, sendo o relevo total para a russa Yulia Zaripova, que se sagrou campeã mundial depois de ter comandado a prova de princípio a fim, que completou com o melhor tempo deste ano (9.07.03).
Refugiada nos últimos lugares logo à partida, pré-indicação de que se poderia guardar para a parte final, Sara assomou-se ainda ao oitavo lugar, quando o grupo começou a “desfazer-se” pela acção do ritmo imprimido pela russa, mas foi sol de pouca dura porque, depois, não teve capacidade de se aí se manter até final.
Esta foi a última prova do dia com portugueses, numa jornada que começou pelas 3h45 portuguesas com a presença de Patrícia Mamona no apuramento do triplo-salto.
Com o melhor registo de 13,59, quase a um metro do seu recorde (14,42) de Portugal obtido já em Agosto, Patrícia não confirmou os seus créditos e ficou em 24º entre as 34 participantes, gorando todas as expectativas, até de ser finalista, que estava ao seu alcance.
Vera Barbosa, que esteve na pista dois da terceira meia-final, não teve arte para aproveitar a pista onde correu e acabou com o 8º tempo (57,70) da sua série e última das últimas em relação às 24 presentes.
Em relação ás finais deste dia 4, referência especial para os títulos mundiais conquistados, como surpresa, pela brasileira Fabiana Murer, com 4,85 nos alto com vara e de Kirani James (Granada), com 44,60 nos 400 metros.
De salientar que a campeã olímpica, mundial e europeia, a russa Yelena Isinbayeva (que regressou após um ano de paragem sabática), não foi além do 6º lugar (4,65), saltando para 4,75, que não passou e saltou para 4,80 nos dois ensaios que ainda tinha mas para não chegar a lado nenhum. Falta de competição e de confiança.
Outros campeões mundiais: Disco – Robert Harting (Alemanha), 69,97; Heptatlo – Tatyana Chernova (Rússia), 6.880 pontos; 800 m – David Rudisha (Quénia), 1.43,91.
Após este quatro dia de competições, os Estados Unidos continuam a liderar. Nas medalhas, somam 9 (4 de ouro, 4 de prata, 1 de bronze), seguido do Quénia, 8 (3-2-3); Rússia, 8 (3-2-3); Alemanha, 4 (1-2-1); Jamaica e China, 2 (1-1-0).
Em termos de pontuação, os norte-americanos tem agora 103 pontos, à frente da Rússia (83), Quénia (79), Alemanha (44) e China e Polónia (35).
Como memória, o dia 30 de Agosto deste ano fica assinalado com a comemoração dos 20 anos sobre o recorde do mundo (impensável para a altura) do salto em comprimento, quando Mike Powel (em Tóquio) saltou 8,95, destronando o até invencível Bob Beamon.
Para esta quarta-feira (5º dia), atletas portugueses voltam à liça, desta vez as marchadoras Inês Henriques (14ª na lista), Susana Feitor (19ª) e Ana Cabecinha (21ª), num desafio que tem 20 km e que conta com mais 47 atletas (50 ao todo).
Ana e Inês (uma ou outra) são as mais capazes de atingir as melhores posições, na melhor das hipóteses entre as 16 primeiras.
Aliás, esta é a única prova (uma hora da madrugada) para o dia de hoje, consignado como de descanso dos “guerreiros”.