Segundo uma nota esta quarta-feira divulgada pelo Comité Olímpico, a Direcção de Medicina do COP apresentou às Federações Desportivas um plano de trabalho, que se pretende conjunto, para que se torne mais eficaz a actuação no terreno com os atletas que estão no Projecto Olímpico.
O programa – adiantou o COP – chama-se “The Olympic Performance” e pretende dotar todos os agentes, para além de atletas e treinadores, de ferramentas que lhes permitam obter recursos para todas as necessidades de preparação, sejam na área da medicina, como da psicologia ou da nutrição.
O director da referida Direcção, José Gomes Pereira, referiu que “é preciso envolver também os dirigentes e as famílias dos atletas neste projecto. Temos de os capacitar com um conjunto de conhecimentos que torne melhor o rendimento do atleta”.
O plano tem como objectivo estar no terreno a partir de Outubro. Para isso é necessário perceber quais são as necessidades em cada uma das modalidades e dotar as federações de um programa que promova a difusão de conhecimento e que possibilite o mesmo tipo de apoios para todos os atletas, mesmo que adaptados às características de cada uma das modalidades.
“Uma das grandes preocupações é a de que cada acção a desenvolver seja escolhida por cada atleta em função do seu calendário competitivo. Queremos que a performance competitiva dos atletas possa melhorar com as ferramentas que também lhes podemos transmitir, mas sempre num trabalho de parceria com as federações”, acrescentou Ana Bispo Ramires, Psicóloga da Direcção de Medicina Desportiva do COP.
O plano será posto em prática com acções vocacionadas para o controlo médico do treino e para o papel da Medicina Desportiva na preparação do atleta.
Durante as formações serão abordados temas como a fadiga e ‘overtraining’, a dopagem e a prevenção de lesões.
Uma perspectiva de cooperação que existe desde alguns anos a esta parte – a então Comissão Médica ou a agora denominada Direcção de Medicina Desportiva – parecendo ser líquido que o processo de “controlo” dos atletas não terá sido optimizado e ou devidamente acompanhado.
Isto porque, provavelmente, não daria origem a ausências de alguns atletas (Atletismo e Judo) que tinham sido convocados para os Jogos do Mediterrâneo.
Recorda-se que na cerimónia de apresentação da Missão a lista foi divulgada, sem que o COP – ao que parece – tivesse tido conhecimento de que alguém não estaria em condições de participar, informação que foi tornada pública, posteriormente, o que levou José Manuel Constantino, presidente do Comité, a “não entender o que se passou, penalizando-se pelos resultados finais, que poderiam ter sido melhores”.
Por um ou outro motivo, houve falha de comunicação. O que não é desejável, sob pena de os objectivos propostos não serem alcançados e, com isso, o COP poder ser penalizado relativamente às verbas que são alocadas anualmente para o Projecto Olímpico que, como se poderá deduzir, não se limita apenas às competições que integram os Jogos Olímpicos. De quatro em quatro anos.
Para lá chegar, muito caminho há a desbravar. Mas com um sentido muito grande de cooperação e união.